AIEA (©afp.com)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.
Tóquio - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) defende a elaboração de um plano de comunicação sobre a central de Fukushima que explique cada problema em termos de segurança.
O objetivo é "evitar o envio de mensagens contraditórias aos meios de comunicação e ao público sobre uma longa série eventos classificados na escala Ines".
Em uma resposta escrita à autoridade de regulação nuclear japonesa, a AIEA questiona o motivo da diferenciação oficial de um recente vazamento de água radioativa de Fukushima, enquanto muitos outros incidentes não tiveram o mesmo tratamento.
Na semana passada, a autoridade de regulação japonesa classificou como nível 3 ("incidente grave") na escala internacional de eventos nucleares (Ines) um vazamento de 300 toneladas de água altamente radioativa de um gigantesco depósito cilíndrico da central nuclear de Fukushima Daiichi.
A avaliação foi confirmada nesta quarta-feira.
As autoridades japonesas decidiram perguntar à AIEA sobre a pertinência de utilizar a escala Ines para diferenciar o incidente.
"A aplicação da escala Ines e a determinação de uma nota Ines são uma responsabilidade nacional", respondeu a AIEA por escrito, que advertiu sobre a adoção de uma estratégia de classificação em função de critérios mais ou menos pertinentes, pois "as frequentes mudanças de nota não ajuda a explicar a situação real de uma maneira mais clara".
Segundo documentos publicados pelas autoridades japonesas, a AIEA insistiu no fato de que "a prioridade é atenuar as consequências do vazamento e adotar medidas para que não volte a acontecer".