Carros autônomos e agentes de IA: tecnologias que devem moldar o cotidiano a partir de 2025 (Imagem criada pela ferramenta de IA Flux/Freepik)
Repórter
Publicado em 28 de dezembro de 2024 às 13h44.
Última atualização em 28 de dezembro de 2024 às 16h07.
Todos os anos, a indústria de tecnologia apresenta promessas ousadas para o futuro. Em 2025, grandes avanços esperados há tempos finalmente chegarão em operações comerciais e acessíveis ao público: de agentes de IA superinteligentes a carros autônomos disponíveis em aplicativos de transporte.
Além disso, veremos avanços em áreas como veículos elétricos mais baratos, criptomoedas ganhando espaço nas economias, previsão de tempos mais precisas e tecnologias para aumentar a longevidade humana.
Prepare-se para interagir com assistentes digitais que farão muito mais do que responder perguntas ou criar imagens. Em 2025, os chamados agentes de IA serão capazes de compreender o contexto, aprender preferências e executar tarefas complexas, como reservar passagens, pedir refeições ou até mesmo gerenciar compromissos diários.
Google, OpenAI e Anthropic lideram a corrida. O Google chamou seu Gemini 2.0 de "modelo para a era dos agentes" e já demonstrou como a tecnologia pode realizar compras online e planejar viagens. Anthropic está testando uma função em seu modelo Claude que permite navegar na internet e interagir com aplicativos, enquanto a OpenAI planeja lançar sua plataforma de agentes no início do ano.
David Singleton, CEO da startup /dev/agents, descreveu o potencial: “Nossos dispositivos nos fazem trabalhar demais para concluir tarefas. Queremos eliminar esse atrito.”
Os dispositivos domésticos receberão grandes atualizações graças à inteligência artificial. A Apple deve lançar uma tela inteligente de 6 polegadas, uma espécie de "iPad de parede", com integração mais avançada com Siri e IA. A Amazon, por sua vez, promete uma Alexa mais inteligente e novos alto-falantes Echo.
A Meta também planeja lançar óculos Ray-Ban com pequenas telas integradas, enquanto rumores apontam para uma colaboração entre o designer Jony Ive, ex-Apple, e o CEO da OpenAI, Sam Altman, para criar um dispositivo revolucionário baseado em IA.
A promessa de carros que dirigem sozinhos parece mais concreta do que nunca. A partir de 2025, nos EUA será possível chamar táxis autônomos da Waymo pelo aplicativo da Uber em cidades como Austin e Atlanta. O serviço, que já opera em locais como São Francisco e Phoenix, deve expandir suas rotas para incluir rodovias. A empresa também está indo para o Japão, o que deve acelerar a chegada do serviço para países além dos EUA.
Há também outras empresas avançando no setor. A Amazon, com sua divisão Zoox, planeja começar a operar em Las Vegas e São Francisco, enquanto a Tesla promete lançar uma versão totalmente autônoma de seu software Full Self-Driving para modelos como o Model 3 e Model Y.
Aplicativos de clima são notoriamente imprecisos, mas isso deve mudar. A DeepMind, divisão de IA do Google, criou o GenCast, um modelo que promete prever o tempo com até 15 dias de antecedência e precisão de 97,2%. O modelo também é muito mais rápido, gerando previsões em apenas oito minutos, contra horas dos métodos tradicionais.
Outras instituições, como a NOAA, também estão melhorando suas capacidades graças a novas tecnologias, como sensores avançados e modelos de IA.
O Bitcoin ultrapassou a marca de US$ 100 mil em dezembro, impulsionado por ETFs de criptomoedas e um ambiente político mais favorável à tecnologia nos EUA.
Instituições financeiras como BlackRock estão entrando no mercado, gerando entusiasmo e também novos riscos.
Com o aumento da demanda por inteligência artificial e computação em nuvem, empresas como Google, Microsoft e Amazon estão investindo em fontes de energia mais limpas para seus centros de dados. Isso inclui o uso de usinas nucleares, como a Three Mile Island, além de plantas geotérmicas e baterias gigantescas para armazenar energia solar e eólica.
Essas iniciativas visam mitigar os impactos ambientais de grandes centros de processamento de dados, que muitas vezes aumentam o custo de energia em comunidades próximas.
Aplicativos que ajudam a monitorar e melhorar a saúde já estão indo além do básico. O Death Clock, por exemplo, agora usa IA para mostrar como hábitos de vida afetam o envelhecimento. Já o FaceAge analisa selfies para determinar a idade biológica de uma pessoa, ajudando médicos a planejar tratamentos personalizados para pacientes com câncer ou diabetes.
A inteligência artificial também está transformando a gestão de saúde no Brasil[/grifar]. A Horus AI, startup nacional, organiza dados médicos e administrativos, combatendo desperdícios e fraudes que representam até 30% dos custos de operadoras. Suas soluções já economizaram milhões e mostram como a tecnologia pode aumentar a eficiência no setor.