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Agências de segurança na Europa sofreram espionagem cibernética

Os hackers, de acordo com a Kaspersky, provavelmente tiveram o apoio de um Estado-nação e usaram técnicas e ferramentas semelhantes às utilizadas em outras operações

espionagem (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 18h10.

Pesquisadores de segurança da Kaspersky Lab disseram ter descoberto uma operação de espionagem cibernética que adentrou com sucesso em duas agências de espionagem e centenas de alvos governamentais e militares na Europa e no Oriente Médio desde o início deste ano.

Os hackers, de acordo com a Kaspersky, provavelmente tiveram o apoio de um Estado-nação e usaram técnicas e ferramentas semelhantes às utilizadas em outras duas operações de espionagem cibernética que fontes de inteligência ocidentais atribuíram ao governo russo.

Kaspersky, fabricante de software de segurança baseado em Moscou, que também vende os relatórios de inteligência cibernética, se recusou a dizer se acreditava que a Rússia estava por trás da campanha de espionagem.

Apelidado de "Epic Turla", a operação roubou vastas quantidades de dados, incluindo documentos de processamento de texto, planilhas e emails, afirmou a Kaspersky, acrescentando que foram feitas buscas por termos como "Otan", "diálogo energético UE" e "Budapeste".

"Nós os vimos roubar praticamente todos os documentos que estavam a seu alcance", disse Costin Raiu, diretor da equipe de pesquisa de ameaças da Kaspersky Lab, à Reuters antes da divulgação de um relatório sobre o "Epic Turla" na quinta-feira, durante a conferência de hackers Black Hat em Las Vegas.

A Kaspersky disse que a operação em curso é a primeira campanha de espionagem cibernética descoberta até agora que conseguiu penetrar as agências de inteligência. A empresa se recusou a nomear as agências, mas disse que uma estava localizada no Oriente Médio e outra na União Europeia.

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