Segundo o relatório, o aumento da banda larga ajuda no crescimento de um país (Simon Stratford / SXC)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2011 às 16h14.
Paris - Os governos de todo o mundo precisam desenvolver e aplicar planos multisetoriais de banda larga para não ficar em desvantagem no atual ambiente digital, segundo um relatório da União Internacional de Telecomunicações (UIT) divulgado nesta segunda-feira em Paris.
O relatório da Comissão da Banda Larga para o Desenvolvimento Digital diz que a banda larga tem de se coordenar com a escala nacional, fomentar a competição de instalações e contar com políticas que encorajem os provedores do serviço "a oferecer acesso em um mercado equitativo".
O documento apresentado na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (Unesco) destacou que essa coordenação tem que ser feita "entre todos os setores industriais, a administração e a economia".
"A realização de projetos isolados e pontuais e a duplicação de redes não são eficazes e atrasam a implantação de uma infraestrutura tão importante no mundo moderno quanto as estradas ou a eletricidade", acrescentaram os autores.
O relatório também considera a banda larga como fator fundamental do crescimento econômico e da criação de empregos, citando o caso da China, onde "cada aumento de 10% da penetração da banda larga poderia contribuir para um crescimento adicional de 2,5% do PIB".
Além disso, um estudo realizado no Brasil indica que o acesso à banda larga já contribuiu com 1,4% para a taxa de crescimento de emprego no país. Outra análise, realizada pela Comissão Europeia, afirma que a banda larga poderia criar mais de dois milhões de empregos na Europa.
A Diretora Geral da Unesco, Irina Bokova, falou na apresentação do relatório da importância da banda larga para compartilhar conhecimentos e levar a educação a todos.
"Quando estiver disponível para todos, as aplicações e o conteúdo em banda larga podem ser poderosas ferramentas para alcançarmos os objetivos da (iniciativa da Unesco) Educação para Todos", destacou Bokova.
Entre os dados divulgados nesta segunda-feira está a lista de 31 países onde os usuários pagam o equivalente a 1% ou menos do PIB per capita mensal médio por uma conexão básica de banda larga. Os primeiros postos são ocupados por Mônaco, Macau, Liechtenstein, Estados Unidos e Áustria.
No outro extremo, uma lista com 19 países onde a conexão de banda larga custa mais de 100% do PIB per capita mensal "e ainda há países em desenvolvimento onde o preço mensal de uma conexão rápida à internet continua sendo dez vezes superior às rendas médias mensais", segundo o relatório. E