A IATA quer usar informações sobre o passageiro para determinar se ele deve passar por uma inspeção mais simples ou mais rigorosa (IATA)
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2011 às 14h37.
São Paulo – Colocar a bagagem de mão na esteira, tirar cinto, chaves, celular (e até o sapato) antes de passar pelo detector de metais; ser apalpado, revistado e, dependendo do vôo, até tirar a roupa para o segurança. Os procedimentos demorados e invasivos em aeroportos têm que mudar – e quem afirma isso é a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), entidade que reúne mais de 200 empresas de aviação no mundo – entre elas a United Airlines, a British Airways e a brasileira TAM.
Segundo a organização, anualmente, são gastos US$7,4 bilhões com segurança de vôos – mas esse investimento não é traduzido em melhorias para os passageiros, que só percebem o transtorno causado por tantos procedimentos.Para resolver o problema, a IATA apresentou ontem, em Singapura, durante seu 67º encontro anual, a primeira versão ainda não finalizada do que chama de “Checkpoint” do futuro.
O novo sistema foi projetado para aumentar a segurança, reduzir filas e minimizar checagens invasivas em aeroportos. Ele consiste em integrar a checagem com informações já averiguadas pelos governos na hora de emitir passaportes ou outras documentações. A partir de uma identificação biométrica prévia, os passageiros são divididos em três filas diferentes: “passageiros conhecidos”, “normal” e “segurança reforçada”. A cada fila, o número de verificações feitas aumenta.
Ao integrar o máximo de informações possíveis sobre a pessoa no momento da checagem de segurança, as autoridades podem voltar esforços para passageiros potencialmente mais perigosos e diminuir as filas. O objetivo é atualizar os atuais sistemas de segurança, projetados há 40 anos para impedir seqüestros com armas de metal.
Hoje, segundo comunicado da IATA, é preciso identificar as pessoas – e não só os objetos que carregam. O projeto ainda está em fase inicial, e é preciso desenvolver melhor as tecnologias de scanner sem a necessidade de se tirar a roupa ou abrir as malas. No entanto, 19 países, incluindo Estados Unidos, já anunciaram interesse no projeto.