Bing em 2009: no lançamento, o produto parecia que não ser capaz de competir no mercado de buscadores (Scott Eells/Bloomberg News)
Victor Caputo
Publicado em 26 de julho de 2016 às 09h04.
São Paulo – Bing, o buscador da Microsoft, pode parecer um produto perdido para muitos. Quando ele nasceu, em 2009, o Google já havia se estabelecido como o maior buscador do mundo. Mesmo assim, a Microsoft decidiu que o produto era algo valioso na época. E, parece, estava certa.
Apesar de ridicularizado, o Bing hoje é o segundo maior buscador do mundo. Como você já deve imaginar, ele perde somente para o Google neste mercado.
No início deste ano, o Bing era responsável por fazer 21,4% das buscas online realizadas em desktops. O Google liderava com 64% do mercado. O Yahoo, que usa tecnologia do Bing em seu buscador, era responsável por 12,2% das buscas e ficava com o terceiro lugar.
Mas o Bing é algo mais importante para a Microsoft. Ele virou uma ótima ferramenta de anúncios online e vem gerando somas interessantes para um produto que está longe de ser prioridade na empresa comandada por Satya Nadella.
De acordo com a Bloomberg, anúncios na busca já são responsáveis por gerar 5,3 bilhões de dólares para a Microsoft. Mesmo com a baixa prioridade na empresa, esse valor já é duas vezes e meia o que o Twitter todo é capaz de gerar com anúncios—um belo número para a empresa.
A estratégia da Microsoft para alcançar estes números foi colocar o Bing no maior número de lugares que fosse possível. Graças a diversas parcerias, o Bing virou o buscador primário da Siri, assistente virtual da Apple, alguns gadgets da Amazon, além de sites da AOL e Yahoo.
Além disso, o Bing é o buscador oficial de gadgets da Microsoft e foi consideravelmente impulsionado pelo Windows 10, lançado há pouco mais de um ano pela empresa.