Gmail: governo dos EUA expressou sua preocupação com a "censura" aplicada pela China (Fixthefocus/Flickr)
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 14h27.
Pequim - O Gmail (Google), bloqueado na China desde junho, que mas que durante estes meses ainda era acessível através de celulares e alguns serviços de outras empresas, como Microsoft Outlook e Apple Mail, voltou a ficar disponível nesta terça-feira por essas vias, embora o acesso direto continue censurado.
Usuários do e-mail na China disseram que conseguem acessar o Gmail através destes terceiros canais (embora alguns sigam se queixando de problemas ao tentar usar este correio) e porta-vozes da empresa americana notificaram um ligeiro aumento no tráfego de dados na China.
Isso indica certa recuperação do serviço, embora este siga longe de estar completamente aberto.
O Google e a maioria de seus sites associados, incluído o Gmail, sofreram durante anos problemas de acesso e bloqueios, que aumentaram especialmente em junho, coincidindo com o 25° aniversário do massacre de Praça da Paz Celestial.
O jornal governista "Global Times" assegurou hoje que os maiores problemas de acesso dos últimos dias, especialmente no fim de semana, produziram uma "especulação desnecessária", embora também assinalou que os usuários na China devem "aceitar" que em algumas ocasiões sejam bloqueados sites "por razões de segurança".
Outras páginas de internet que estão entre as mais consultadas do mundo, como Facebook, YouTube e Twitter, também estão bloqueadas na China há anos.
Muitos usuários chineses, e especialmente a comunidade estrangeira que vive no país asiático, costumam contornar estes bloqueios através de servidores VPN (siglas de "rede privada virtual"), que permitem burlar a censura do país asiático e acessar livremente qualquer site.
O aumento dos problemas de acesso ao Google nos últimos dias motivou ontem que o governo dos EUA expressasse sua preocupação com a "censura" aplicada pela China sobre determinados sites e meios na internet.