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Acer Aspire R11 é fraco, mas tem fôlego para o dia todo

No mundo dos computadores híbridos, enquanto a Dell e Asus apostam em modelos “conversíveis”, cujas telas se separam de seus teclados para chegar ao “modo tablet”, a Acer e HP tentam ganhar o público com um approach mais barato: os notebooks com tela 360º (ou um pouco menos do que isso). O modelo chamado Aspire R11 […]

Acer Aspire R11

Acer Aspire R11

DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2015 às 14h51.

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No mundo dos computadores híbridos, enquanto a Dell e Asus apostam em modelos “conversíveis”, cujas telas se separam de seus teclados para chegar ao “modo tablet”, a Acer e HP tentam ganhar o público com um approach mais barato: os notebooks com tela 360º (ou um pouco menos do que isso).

O modelo chamado Aspire R11 é bonito, mas a beleza é praticamente seu único atrativo. O produto chegou a ser falho até na hora de navegar pela web. Além disso, ele tem um problema preocupante para quem assiste vídeos no notebook: a sua tela de baixa qualidade. Confira os detalhes do teste do INFOlab a seguir.

Design

Design é sempre algo subjetivo, mas nós, do INFOlab achamos o R11 bastante bonito. Não dizemos bonito como um Macbook ou um XPS, com corpos finíssimos de alumínio inteiriço. O produto da Acer tem um custo muito inferior e não se envergonha disso. O corpo é inteiro de plástico, com uma textura agradável e uma cor azul bastante calma, sem qualquer detalhe, exceto pelo logotipo da fabricante. É algo vibrante que parece um brinquedo, não uma máquina que tenta exalar um ar de seriedade ou potência e acaba não conseguindo, como é de praxe com muitos notebooks nesta faixa de preço (incluindo alguns da própria Acer).

O teclado é confortável, mas possui algumas teclas muito juntas, por motivos que não compreendemos. Veja as fotos:

Foto por: Luccas Franklin

Não é o melhor teclado que já vimos, mas é confortável o suficiente para digitar sem problemas. Certamente melhor do que o teclado do Novo Macbook, que parece ter um botão de mouse sob cada uma das teclas. O teclado numérico acessível entre as letras também é um detalhe interessante, apesar de requerer um tempo para que o usuário se acostume.

As entradas são poucas, mas suficientes: Ao lado esquerdo, uma porta Ethernet, uma saída HDMI, duas entradas USB (sendo que apenas uma delas é 3.0) e a entrada combo para headsets. Ao lado direito fica a entrada de energia, o botão de ligar/desligar e botões para o volume, como em um smartphone. O leitor de cartões é que fica na parte de trás, escondido na maior parte do tempo. Compreendemos que ele fique nessa posição por restrições de espaço interno, mas não deixa de ser bastante ruim.

Foto por: Luccas Franklin

Seu modo tablet é de utilização bastante limitada, pois é pesado demais para ser utilizado confortavelmente com uma mão e grande demais para funcionar apenas com os polegares (como um controle de videogame). O modo “tenda”, que mantém o tablet em pé, é um tanto quanto frágil, pois não há borracha antideslizante nas partes que tocam a mesa. Isso dá uma sensação de insegurança ao tentar tocar a tela.

Foto por: Luccas Franklin

Desempenho

O Aspire R11 não preza pelo desempenho e isso é claro. Seu CPU é um anêmico Pentium N3700 que realmente faz muito pouco nos testes de CPU. O resultado disso é uma dificuldade grande no dia a dia com tarefas bastante simples. Aliado a, também insuficientes, 4 GB de RAM, o processador não deu conta de abrir mais do que algumas abas no Firefox (que veio instalado na máquina com o navegador Bing ativado por padrão) sem ficar bastante lento. Tentamos editar algumas fotos em RAW no Lightroom. Mesmo que a exportação fosse demorar, isso poderia ser feito durante a madrugada, então o desempenho, neste caso, não era particularmente importante. Utilizar o software, no entanto, foi um exercício de paciência. Mesmo o Lightroom sendo um programa bastante pesado, cada foto demorava mais de dez segundos para ser carregada, o que o torna inutilizável. Mesmo se comparado ao Tablet T101 da Asus (que custa 1.400 reais), os números dos benchmarks foram muito próximos.

PCMark 7 (em pontos)Barras maiores indicam melhor desempenho
Asus T1002669
Acer Aspire R111802
GeekBench (em pontos)Barras maiores indicam melhor desempenho
Asus T1002889
Aspire 3022

Desconsiderando este uso mais pesado, o notebook também possui uma tela bastante ruim. A resolução é de apenas 1366 por 768 pixels, baixa para os padrões atuais e insuficiente para assistir vídeos em Full HD. O painel também não é IPS, o que torna os ângulos de visão da tela bastante ruins. Horizontalmente, o problema não é tão grave, mas na vertical as cores se distorcem consideravelmente mesmo girando alguns graus. Isso é muito notável quando se usa o computador no modo tablet, na vertical. Parece que não importa quanto se ajuste, a tela nunca está perfeitamente legível.

Outro aspecto da tela é sua fragilidade. Quando se segura a tela para movê-la em qualquer posição, é possível ver ondas que surgem no cristal líquido, o que dá a entender que a traseira plástica da tela é a única proteção. Isso torna inviável guardar o computador em uma mochila junto de outros objetos: ou ele fica em uma repartição acolchoada, ou até mesmo sua fonte de energia pode danificar a tela rapidamente, mesmo com o notebook fechado.

Há um bug interessante com o trackpad do R11: quando o processador se encontra em média ou alta utilização, a seta do mouse se move com muita lentidão e atraso, com alguns bipes de erro intermitentes, o que torna impossível trabalhar no PC com o trackpad nessas situações. Em nossos testes, o mesmo não ocorre com um mouse USB.

Bateria

A bateria do R11 é muito boa para um notebook de seu preço. Nosso teste de vídeo drenou a carga do aparelho em 7 horas e 10 minutos, uma marca acima da média. Em teste de uso intenso, o aparelho chegou a pouco mais de 4 horas, mérito da bateria e do processador, não muito potente.

Vale a pena?

Para ser direto, em uma palavra, não. A própria Acer produz notebooks muito superiores ao Aspire R11 pelo mesmo preço. O diferencial é a forma híbrida, que traz custos muito altos em termos de design e desempenho para ser considerado útil. Notebooks como o Acer E5, Asus AsusPRO ou Dell Inspiron 5000 são consideravelmente mais potentes pelo mesmo preço e trocam a funcionalidade touchscreen por melhores ângulos de visão, memória e processadores.

Dado o atual mercado de notebooks, é bem difícil considerar um modelo semi-híbrido como este (que gira, mas não separa a tela do teclado) por menos de 3 mil reais.

Ficha técnica

ProcessaPentium N3700
Memória4GB DDRL3
GPUIntel HD Graphics
ArmazenamentoHDD 2,5' 500GB
TelaLCD Touchscreen de 11,6' com resolução 1366x768 pixels (sem IPS)
Conexões1 HDMI, 1 USB 2.0, 1 USB 3.0, 1 P2 Combo, 1 Ethernet, 1 leitor de SD
Peso1,5 Kg

Avaliação técnica

PrósLonga duração de bateria, bom design.
ContrasBaixíssimo desempenho, maus ângulos de visão da tela.
ConclusãoPelo preço, um notebook não-híbrido é uma escolha melhor.
Configuração6
Vídeo e Áudio6
Usabilidade7
Design (Modo Notebook)7
Design (Modo tablet)6,5
Bateria8,5
Média6.8
PreçoR$ 2.299
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