O filme A Rede Social é um dos candidatos ao Oscar neste ano (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 13h23.
São Paulo — O longa, que narra os bastidores da criação do Facebook, concorreu aos prêmios em oito categorias: melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro, melhor roteiro adaptado, fotografia, trilha sonora, mixagem de som e edição. O filme, no entanto, acabou preterido em importantes categorias. O longa O Discurso do Rei ficou com as estatuetas de melhor filme e direção, coroando o trabalho do diretor Tom Hooter .</p>
Antes de ganhar as estatuetas no Oscar, A Rede Social faturou, em janeiro deste ano, quatro prêmios no Globo de Ouro, incluindo o de melhor filme. De acordo com críticos, o sucesso vertiginoso do Facebook, que já soma 600 milhões de usuários no mundo, contribuiu para criar um interesse maior dos jurados da academia americana pela obra de Fincher.
Apesar da boa recepção do público e da crítica, a obra é rejeitada pelos principais personagens retratados na trama. Mark Zuckerberg, protagonista do filme, descreveu o longa como “pura ficção” e “sem ligação com a realidade”. Já Sean Parker, criador do Napster e investidor do Facebook em seu período de startup, criticou duramente a produção do filme.
Retratado como um empresário de poucos escrúpulos, Parker, é o principal agente a incentivar o afastamento entre Mark e seu colega brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook e retirado do controle da jovem empresa por uma manobra jurídica controversa.
O tom ácido do filme e o fato de a obra retratar Zuckerberg como alguém que copiou ideias de terceiros e, de quebra, manobrou para deixar seu sócio de primeira hora fora do Facebook causaram grande preocupação entre os diretores da empresa. A avaliação feita após o Oscar, no entanto, é que apesar do viés negativo do filme, a obra contribuiu para aumentar o interesse de usuários, investidores e anunciantes pela rede social.