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A rádio Beats 1 é o que há de mais legal no Apple Music e o que pode bater na concorrência

Artistas consagrados e nomes pouco conhecidos se misturam em playlists ecléticas, que vão da eletrônica alternativa de Londres ao stoner rock do deserto californiano

Josh Homme (Getty Images)

Josh Homme (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2015 às 13h40.

Para quem gosta de música, a internet foi uma benção. Apesar de todos os problemas de direitos autorais, que exigiram que muitos serviços fechassem e se ajustassem, o lançamento do Napster em 1999 abriu uma nova dimensão de descoberta, alcance e abundância que antes não existia. Mas todo esse volume também exige alguma curadoria, que guie nossos ouvidos pelo rio de novidades despejado na rede todos os dias – e neste ponto, a rádio Beats 1, incluída no novo Apple Music, brilha sobre a concorrênca.

A rádio foi lançada como parte do serviço de streaming da empresa californiana, liberado aos usuários no último dia 30 com a versão 8.4 do iOS. Basta acessar a aba "Rádio" localizada no menu inferior do aplicativo Música e apertar o Play para começar a ouvir a programação. 

Ela funciona 24 horas, e todos os apresentadores falam em inglês, o que pode incomodar quem não domina o idioma. Mas na maior parte do tempo é música o que se ouve na Beats 1, então esse não deve ser um grande problema.

Há vários programas, gravados em Los Angeles, Londres e Nova York, e a seleção reflete o que se ouve nesses grandes centros – há uma atmosfera alto-astral, ensolarada e dançante em muitas das músicas ouvidas na rádio. Artistas consagrados e nomes pouco conhecidos se misturam em playlists ecléticas, que vão da eletrônica alternativa de Londres ao stoner rock do deserto californiano, passando pelo reggae de raiz e outros ritmos caribenhos, africanos...

Se o ouvinte gostar de qualquer uma das músicas executadas, ele pode adicioná-la à sua biblioteca pessoal, o que também faz da rádio uma ferramenta para descobrir e colecionar novas sonoridades. Infelizmente, ainda há problemas de conexão, que interrompem a transmissão bem no meio daquela música legal. Mas, geralmente, basta apertar novamente o play para que a conexão seja restabelecida.

Artistas como o guitarrista Josh Homme, do Queens of the Stone Age, e a cantora St. Vincent já apresentaram seus próprios shows, ampliando a variedade sonora. O rapper Dr. Dre e o compositor Elton John também já foram escalados para apresentar seus próprios programas. O produtor e cantor Pharrell Williams estreou sua nova canção, Freedom, na Beats 1, assim como fez o compositor Beck. Essa forte adesão de grandes nomes da música tem fortalecido o apelo não só da rádio, mas de todo o Apple Music, que conseguiu também o apoio de pelo menos dois artistas conhecidos pelas críticas aos serviços de streaming – a cantora Taylor Swift e o vocalista do Radiohead, Thom Yorke. 

A Apple ainda não divulgou números de quantas pessoas têm escutado à rádio, mas o movimento no Twitter e os comentários dos apresentadores mostram que muita gente, de dezenas de países, está se conectando. "Não importa onde você esteja, saiba que todos estão ouvindo a mesma música que você, tendo a mesma experiência que você", disse um dos apresentadores durante a transmissão da última quinta-feira – e, realmente, a sensação de estar ouvindo às mesmas músicas que milhares de pessoas no mundo todo é positiva.

Ainda é cedo para saber o impacto da chegada do Apple Music ao mercado de streaming, que já possui concorrentes de peso como Spotify, Rdio e Deezer. Mas, poucos dias após o seu lançamento, a Beats 1 mostra que esse mercado ainda verá muitas novidades, para o benefício do usuário, e que todas as empresas precisarão inovar constantemente para se manter à frente dessa corrida.

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