Tecnologia

A Europa tem o bastante para criar o próximo Google?

Segundo pesquisador, probabilidade de que a próxima empresa a definir a indústria possa vir da Europa nunca foi maior

Google: investidores de risco e empresários da região também estão confiantes (Brian Snyder/Reuters)

Google: investidores de risco e empresários da região também estão confiantes (Brian Snyder/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de novembro de 2017 às 14h12.

Londres - A Europa está fazendo avanços importantes para eliminar barreiras que impediram a região de desenvolver empresas de tecnologia que possam competir com gigantes globais como Google, da Alphabet, Amazon.com ou Tencent , mostra um relatório divulgado nesta quinta-feira.

A região possui centros tecnológicos prósperos nas principais cidades, com recorde de novos financiamentos, empreendedores experientes, uma base crescente de talento técnico e um clima regulatório que vem melhorando, de acordo com um estudo realizado pela empresa de risco Atomico.

Embora mesmo os maiores empreendimentos tecnológicos europeus continuem a ter uma fração dos maiores rivais dos Estados Unidos e da Ásia, o líder global de transmissão de música Spotify, da Suécia, mostra a crescente ambição dos empresários europeus. O Spotify está se preparando para abrir capital em 2018, em uma oferta inicial de ações (IPO) que poderia avaliar a empresa em 20 bilhões de dólares.

"A probabilidade de que a próxima empresa a definir a indústria possa vir da Europa - e se tornar uma das empresas mais valiosas do mundo - nunca foi maior", disse Tom Wehmeier, chefe de pesquisa da Atomico, e autor do relatório.

Grandes investidores de risco e empresários da região disseram à Reuters estar mais confiantes de que as próximas empresas de classe mundial possam surgir da Europa em campos como inteligência artificial, videogames, música e mensagens.

"O que ainda precisamos desenvolver é o empreendedor que possa percorrer todo o caminho - acho que estamos começando a ver isso", disse Bernard Liautaud, sócio-r do fundo Balderton Capital, que vendeu a empresa de software Business Objects para a SAP por 6,8 bilhões de dólares há uma década.

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