A entrevista (Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 05h56.
A Sony Pictures informou que a "A Entrevista" faturou mais de 15 milhões de dólares (cerca de 40 milhões de reais) em vendas online e outros 2,8 milhões de dólares em cinemas, obtendo um retorno expressivo possivelmente pela publicidade em torno do ciberataque supostamente cometido pela Coreia do Norte.
A comédia que retrata o assassinato fictício do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, fez praticamente tanto dinheiro por meio de distribuição online e em cinemas limitados em seu final de semana de estreia quanto teria ganhado com o grande lançamento que foi cancelado depois de ameaças de hackers.
O estúdio disse, no domingo, que o filme foi comprado ou alugado online mais de 2 milhões de vezes em quatro dias até sábado, tornando-se o maior filme online da Sony Pictures de todos os tempos.
O filme, que deflagrou o devastador ciberataque ao estúdio no mês passado, o qual os Estados Unidos dizem que foi lançado pela Coreia do Norte, estreou na quinta-feira em 331 cinemas independentes com uma bilheteria de 1 milhão de dólares e arrecadou 1,8 milhão de dólares nos três dias subsequentes, de acordo com a Sony.
Muitos espectadores e donos de cinemas disseram que apoiaram o filme em nome da liberdade de expressão.
O filme que custou 44 milhões de dólares, estrelado por Seth Rogen e James Franco, tinha expectativa de faturamento de 20 milhões de dólares em seu final de semana de estreia se tivesse amplo lançamento, de acordo com a Boxoffice.com.
Depois de grandes redes de cinema como AMC e RegalEntertainment se recusarem a exibir a comédia após ameaças de violência por hackers que se opuseram ao filme, a Sony costurou uma lançamento limitado em cinemas e um aluguel de vídeo sob demanda de 5,99 dólares, além de uma opção de compra de 14,99 dólares no YouTube Movies, Google Play, do Google, Microsoft Xbox Video, da Microsoft e um site dedicado com início em 24 de dezembro.
A Sony foi ferozmente criticada por Hollywood e até pelo presidente dos EUA, Barack Obama, pelo que muitos consideraram ser uma concessão aos hackers. A Sony manteve que não teve escolha a não ser alterar o lançamento mais amplo e procurar imediatamente plataformas alternativas com empresas de tecnologia.