Bateria de romã (Divulgação/Universidade de Stanford)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 17h17.
Cientistas da Universidade de Stanford se inspiraram em uma fonte pouco convencional para criar uma bateria: romãs. O protótipo se mostrou capaz de armazenar até dez vezes mais energia do que o padrão atual.
A descoberta aconteceu anos após tentativas fracassadas de criar uma nova geração de baterias de lítio que usam silício para manter a carga. O problema é que o silício se expande e quebra com o calor gerado durante a recarga.
Como o silício tem potencial para armazenar até dez vezes a carga de outras baterias de lítio, os cientistas investiram em uma nova forma para a bateria. A estrutura da bateria é como de uma romã, em que as sementes se organizam em aglomerados.
Os cientistas usaram na bateria nanofios de silício, que são pequenas estruturas difíceis de quebrar. Esses núcleos ficam envolvidos em bolhas de carbono organizadas como sementes de romã para conduzir a eletricidade sem expor o silício.
Como os núcleos são muito pequenos, dificilmente se rompem. Além disso, dentro deles há espaço suficiente para que o silício possa se expandir sem causar problemas.
Os testes mostraram que a bateria opera a 97% da capacidade, mesmo depois de mil ciclos de carga e descarga. Isso as torna aptas ao uso comercial em aparelhos eletrônicos. Mas ainda são necessários novos estudos antes que a tecnologia vire realidade.
(Divulgação/Universidade de Stanford)