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Com realidade virtual, a Apple vai chegar atrasada de novo?

Grandes empresas do mercado de tecnologia estão focando energia e dinheiro em tecnologias de realidade virtual. Mas onde está a Apple?

HoloLens: óculos da Microsoft promete expandir horizontes do mundo real (Reprodução/YouTube/Microsoft)

HoloLens: óculos da Microsoft promete expandir horizontes do mundo real (Reprodução/YouTube/Microsoft)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 11h53.

São Paulo – Uma nova tendência está se desenhando no mercado de tecnologia. Na última quarta-feira, a Microsoft fez um evento gigante para mostrar novidades do Windows 10. O ponto alto da apresentação foi o HoloLens.

Ele é um capacete de realidade aumentada. Elementos digitais são inseridos no mundo real. As primeiras impressões de jornalistas estrangeiros foram boas. O HoloLens foi elogiado e se mostra uma promessa interessante dentro do mercado.

Dentro da Microsoft, um dos membros do projeto foi o brasileiro Alex Kipman, que havia participado do desenvolvimento do Kinect – o sensor de movimento do Xbox.

Além da Microsoft outras grandes empresas estão trabalhando com realidade virtual. O Facebook comprou a Oculus Rift por dois bilhões de dólares em março do ano passado.

O Google já investiu milhões no mesmo campo. O dinheiro foi para a Magic Leap, uma empresa de realidade virtual. Sony e Samsung, entre outras, também estão com pesquisas na área.

Enquanto uma nova tendência se desenha, um grande nome da tecnologia não apareceu até agora: a Apple.

De novo, Apple?

Apesar de sua fama de inovação, a Apple também entrou tarde na última tendência: os relógios inteligentes. Depois de fabricantes como Samsung, Sony e Motorola terem desbravado o mercado, a Apple deve lançar em março deste ano o Apple Watch.

A empresa demorou a entrar no jogo dos relógios inteligentes. Uma coisa é certa, quando a Apple começa a vender um produto, dificilmente ele terá pontos a serem acertados. A primeira versão do Galaxy Gear, da Samsung, tinha problemas, como uma câmera integrada na pulseira e não no corpo do relógio -- o que não fazia sentido nenhum.

Por outro lado, o Apple Watch não parece que vai revolucionar o mercado de relógios inteligentes. A questão da bateria – um dos pontos fracos dos relógios com Android – não deve ser corrigida pela Apple, por exemplo.

“Não é possível inovar todo ano”

Em uma conversa com Steve Wozniak, cofundador da Apple, em 2013, ele me disse que existe um ciclo para inovação. “A Apple começou um mercado de smartphones com o iPhone e depois criou o mercado de tablets com o iPad. Mas não é possível inovar todo ano”, disse Wozniak.

Felizmente, a Apple já tem algumas patentes registradas nos campos da realidade virtual e aumentada. Ela, novamente, não será a primeira. Mas também não precisará ser a última a entrar na corrida pela realidade virtual.

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