Tecnologia

7 perguntas e respostas sobre o “apagão da internet” na segunda-feira

Os infectados pelo malware DNSChanger terão acesso à internet bloqueado a partir desta segunda. Saiba o que fazer

O apagão, que começa no dia 9 de julho, deve afetar 250 mil computadores (Wikimedia Commons)

O apagão, que começa no dia 9 de julho, deve afetar 250 mil computadores (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2012 às 19h00.

São Paulo - Servidor não encontrado. Essa é a mensagem de tela que milhares de usuários da internet podem encarar nesta segunda-feira. O corte na conexão é consequência de um vírus chamado DNSChanger, que fez vítimas no mundo todo. Como parte do plano de contenção, o FBI vai desativar os servidores afetados pela praga - e cortar o acesso de todos os infectados.

O apagão, que começa no dia 9 de julho, deve afetar 250 mil computadores. A medida foi pensada para ajudar a eliminar o malware, que afeta servidores DNS para desviar a rota dos dados durante o acesso à internet e enviar informações direto para os crackers. As estimativa é de que seis mil computadores ainda estão infectados no Brasil. Saiba o que está por trás do vírus - e o que fazer.

1  O que é um serviço DNS?

DNS (sigla para Domain Name System) é um serviço que converte os endereços que digitamos nos navegadores, como http://www.google.com, em endereços numéricos ou IPs, que localizam exatamente o servidor que hospeda o site. Como IPs não são muito fáceis de memorizar, pelo menos não tanto quanto um endereço pontocom, o DNS cuida dessa parte.

Sem essa tradução, não é possível navegar em websites, mandar emails ou conectar-se com qualquer serviço online.

2 Como surgiu o vírus?

Uma quadrilha, que as autoridades dos Estados Unidos disseram ter desbaratado em novembro, infectou centenas de milhares de usuários no mundo com um malware chamado DNSCharger, que controla servidores DNS. O vírus redireciona o tráfego da internet a sites fraudulentos e deixa os computadores vulneráveis a conteúdo malicioso e anúncios falsos.

3 Se a quadrilha foi presa, qual o perigo?

O problema é o grande número de vítimas. Os servidores usados pelos crackers ficaram sob o controle do FBI desde novembro, e têm sido mantidos no ar com um redirecionamento seguro temporário ativado para que os afetados não percam parte da sua conexão. 


No entanto, essa rede de segurança criada pelas autoridades americanas expira 9 de julho. A partir dessa data, todos os afetados podem ficar sem internet, já que suas máquinas vão continuar buscando por endereços que não existem mais. O único jeito de voltar a navegar sem problemas é eliminar o vírus dos computadores.

4  Quais sistemas foram afetados?

O vírus infecta tanto Windows quanto Mac OS X. Usuários de Linux não são atingidos.

5 Como saber se fui infectado?

Criada especialmente para o caso, a página  DNS-Changer.eu, da Associação da Indústria da Internet Alemã, realiza uma verificação rápida baseada no endereço IP do computador. Apenas clique em "Start" e veja o resultado.

O FBI também lançou uma ferramenta para descobrir se um PC está configurado para acessar servidores infectados. Para isso, basta acessar a página abaixo e inserir o IP de seu computador no local indicado.

6 Meu computador foi atingido. O que fazer?

O grupo de especialistas DNS Changer Working Group criou uma lista de ferramentas gratuitas para download, além de instruções sobre como limpar um computador em perigo. Vale lembrar: cuidado com sites desconhecidos que prometem tirar o vírus.

7 Qual a extensão do DNSChanger no mundo?

Em fevereiro, quando os servidores temporários seriam inicialmente desligados, havia 3 milhões de máquinas infectadas e as autoridades pediram na Justiça que o desligamento fosse adiado. Hoje, estima-se que 250 mil computadores ainda estejam em perigo - seis mil deles no Brasil, que é o 13º país mais atingido.

Acompanhe tudo sobre:AntivírusInternetseguranca-digital

Mais de Tecnologia

Como a greve da Amazon nos EUA pode atrasar entregas de Natal

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia