6 tendências em smartphones do Mobile World Congress 2013
Smartphones baratos, o uso de novos sistemas operacionais e a popularização dos pagamentos pelo celular estão entre as tendências do ano em tecnologias móveis
A festa dos smartphones (David Ramos / Getty Images)
Maurício Grego
Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 09h19.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h43.
São Paulo — O Mobile World Congress, que acontecer nesta semana em Barcelona, na Espanha, é o evento mais importante do mundo na área de smartphones e tablets. Diversos fabricantes aproveitam a ocasião para fazer seus lançamentos do primeiro semestre. E também o lugar onde emergem tendências que vão determinar o rumo das tecnologias móveis. Confira seis delas nas próximas páginas.
Sistemas de pagamento pelo celular vêm sendo desenvolvidos e testados há anos, mas ainda não são usados em larga escala. Isso deve começar a mudar neste ano. Muitos smartphones avançados já trazem um transceptor NFC, que vai possibilitar pagamentos por aproximação. No Mobile World Congress, Visa e Samsung anunciaram um acordo para colocar isso em prática. Diversos smartphones da Samsung sairão da fábrica prontos para realizar pagamentos na rede da Visa. Outros fabricantes devem seguir o exemplo.
A definição das telas continua aumentando. Os aparelhos mais avançados nesse quesito já estão além do que o olho humano consegue perceber. No Mobile World Congress, um exemplo é o PadFone Infinity, da Asus, com tela Full HD de 5 polegadas. São 441 pixels por polegada. O iPhone 5 tem 326 pixels por polegada. Logo, o smartphone da Asus já superou a badalada tela Retina da Apple. O PadFone também pode ser acoplado a uma tela maior, transformando-se em tablet.
A participação do Android no mercado de smartphones aumentou de 51,3% no último trimestre de 2011 para 69,7% no mesmo período de 2012. O sistema móvel do Google tornou-se a escolha natural para qualquer fabricante de smartphone – com as óbvias exceções da Apple e da BlackBerry, que possuem seus próprios sistemas. A recente adesão da HP, que apresentou seu primeiro tablet com Android, o Slate 7, no Mobile World Congress, vem confirmar isso. A HP é tradicional aliada da Microsoft e, até agora, só oferecia tablets com Windows.
Como muitos produtos onde a dose de inovação é alta, os smartphones eram caros quando surgiram. Agora, opções mais baratas vêm popularizando os aparelhos. No Mobile World Congress, a Samsung anunciou o primeiro smartphone com o sistema operacional Tizen; e, a Alcatel, um dos primeiros com Firefox OS. Os dois sistemas rodam em smartphones simples, que devem substituir os chamados “feature phones” – celulares que têm acesso à internet mais não se qualificam como smartphones.
O sistema operacional Firefox OS pode ser usado em smartphones baratos e roda aplicativos baseados na web. No Mobile World Congress, a Alcatel-Lucent apresentou o One Touch Fire, um dos primeiros aparelhos projetados para ele. Além dela, LG, ZTE, Huawei e Sony devem usar o sistema. Já o Twitter anunciou seu app para Firefox OS, um exemplo que deve ser seguido por outras empresas. Se tiver sucesso, o sistema da Mozilla pode até brigar com BlackBerry e Windows Phone pelo terceiro lugar no mercado.
A Samsung cresceu tanto no mercado de smartphones com Android que o Google já começa a vê-la como uma ameaça. Prevê-se que a empresa sul-coreana pode querer uma parcela maior dos lucros com anúncios no sistema móvel. Assim, a tensão entre ela e o Google pode crescer. “A Samsung detém 42,5% do mercado global de aparelhos com Android. E o segundo colocado tem só 6%”, diz Anshul Gupta, analista principal do Gartner, num relatório da empresa. “Na mente dos consumidores, o nome Galaxy é quase sinônimo de celular com Android”, acrescenta ele.
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