Tecnologia

5 perguntas para escolher o tablet ideal

Veja algumas dicas com tudo que é necessário levar em consideração antes de efetuar a compra de seu gadget

Não há um caminho certo ou verdades incontestáveis, o gosto do usuário faz toda diferença (Getty Images/Sean Gallup)

Não há um caminho certo ou verdades incontestáveis, o gosto do usuário faz toda diferença (Getty Images/Sean Gallup)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 13h28.

São Paulo - É difícil não se fascinar com um tablet. Leves, pequenos e com poder tecnológico suficiente para realizar várias tarefas, esses gadgets conquistaram seu lugar no mercado e a tendência é que se espalhem ainda mais.

A tecnologia e os conceitos empregados nos tablets não são novos. As primeiras telas sensíveis ao toque em escala comercial surgiram na década de 80. O primeiro gadget a reunir os conceitos dos handhelds – dispositivos que se colocavam como computadores de bolso – e de um notebook foi o Microsoft Tablet PC, em 2001. Logo surgiram outros fabricantes com propostas similares, como HP e Lenovo. No entanto, nenhum desses produtos aproveitou a tela sensível ao toque e o casamento com o Windows até hoje nunca aconteceu.

Com a chegada do iPad, em Abril de 2010, o jogo começou a mudar. Graças aos avanços tecnológicos já esperados – chips e componentes menores e de maior capacidade – foi possível entregar uma experiência completamente diferente. No lugar de competir com os PCs, a Apple apostou em um novo caminho para seu tablet. Assim como os e-readers, o iPad seria voltado ao consumo de conteúdo (vídeo, música, livros e revistas) e navegação web. Com o sucesso explosivo, rapidamente outros fabricantes decidiram apostar no novo nicho de mercado. A solução para entregar uma experiência adequada entre hardware e sistema foi o Android, do Google.

Passando por experiências como o Galaxy Tab de 7 polegadas, equipado com Android 2.2 (Froyo), até a chegada do Honeycomb, em fevereiro de 2011 com o Motorola Xoom, os tablets com o sistema do Google têm travado verdadeiras batalhas para morder um pouco do mercado da Apple, que segue líder do seguimento com o iPad 2. Hoje se iniciam as vendas do novo iPad nos Estados Unidos e outros nove países e, provavelmente, a categoria ficará ainda mais aquecida.


Asus, Samsung, Motorola, Lenovo e outros fabricantes de Tablets apostam no Ice Cream Sandwich e seus recursos adicionais para frear o novo lançamento de Cupertino. Com a oferta cada vez maior, se você nunca pensou em comprar um tablet provavelmente irá mudar de opinião em um futuro próximo. Quem já está equipado, deve considerar uma troca, já que os produtos estão mais maduros e têm muito a oferecer.

Para auxiliar os consumidores que desejam se aventurar com esses gadgets, ou que pretendem atualizar seu equipamento, a Info preparou algumas dicas com tudo que é necessário levar em consideração antes de efetuar sua compra.

O que eu posso fazer com um tablet?

Consumir. Essa seria resposta ideal em sua forma mais simples. Um tablet é, essencialmente, voltado ao consumo de conteúdo por aplicativos. Nele é possível ler seus jornais e revistas favoritos, acessar e-mails, ver vídeos do YouTube e Vimeo, ler e enviar e-mails. Além dessas tarefas básicas, um tablet oferece inúmeras possibilidades para produção de conteúdo e gestão de tarefas simples.

Por meio de aplicativos, é possível criar e editar documentos, transferir arquivos com o PC, utilizar o aparelho como central multimídia pelo protocolo DLNA, editar vídeos e fotos e também registrá-los. Em alguns casos, como no Eee Pad Transformer e Galaxy Tab 10.1 (com acessórios), a substituição de um notebook não é sofrível, já que o teclado completo e entrada USB para mouse ou HDs externos amplia a capacidade e raio de ação do aparelho.

Mas não se engane. Mesmo com uma gama elevada de opções, um tablet ainda não compete de igual para igual com um desktop ou notebook. Ainda que aplicativos de escritório (que lidem com documentos Microsoft Office) e edição de vídeo estejam disponíveis, o uso é extremamente limitado, até em modelos que aceitam teclado e mouse. O armazenamento limitado, inclusive em modelos com slot para cartão microSD, e ausência de gravação de mídias, como DVDs e discos Blu-ray para backup, contribuem para inviabilizar o uso de um tablet por quem não possui um PC ou Notebook.


Propósitos iguais em sistemas diferentes

Até o momento o cenário dos tablets conta com três sistemas operacionais. São eles o iOS (Apple), Android (Honeycomb e Ice Cream Sandwich, do Google) e BlackBerry Tablet OS (RIM). Há muitas semelhanças entre eles, mas diferenças cruciais. O sistema do Google é o que mais se assemelha a um desktop. Assim como nos smartphones, é possível adicionar widgets para as telas iniciais, como previsão do tempo, redes sociais, e-mails, etc.

Ao contrário do iOS, o Android permite a execução de aplicativos em segundo plano, tornando a multitarefa algo mais real. No iOS o aplicativo é apresentado da mesma maneira em que você o deixou, mas sua execução é encerrada. No Playbook, único tablet equipado com o sistema da RIM, a multitarefa é ainda mais eficiente. Os aplicativos continuam rodando mesmo quando minimizados. As vantagens do sistema baseado na plataforma QNX, no entanto, são ofuscadas pela oferta pobre de aplicativos.

iOS vs Android

A briga entre Google Play (antiga Android Market) e App Store já faz parte do passado. A oferta de aplicativos para as duas lojas é muito similar. Sem muito esforço é possível encontrar todos os grandes serviços e funcionalidades similares. Uma vantagem do Google em relação à Apple são os aplicativos ofertados com anúncios. Na App Store as versões gratuitas oferecem uma degustação. Outro problema, específico para os brasileiros, é a ausência de jogos na loja da Apple. Isso obriga os brasileiros a se registrarem com contas de outros países para efetuar uma compra. O bom e velho “jeitinho brasileiro”.

Por outro lado, o Android perde terreno em uma categoria crucial: conteúdo. A oferta de publicações e livros no iPad é muito superior. Não só em número, mas em qualidade. Por estar disponível há mais tempo, e também por concentrar esforços de desenvolvimento em três dispositivos (iPad, iPad 2 e novo iPad), ao contrário do número diverso de tablets com Android, a produção editorial na loja da Apple é mais interessante. Essa situação pode se reverter.


A resolução de tela com 2.048 por 1.536 pixels, uma das principais vantagens do novo iPad, pode se transformar em um transtorno para as editoras. Qualquer vídeo em Full HD (1.920 por 1.080 pixels) não seria suficiente para aproveitar a tecnologia retina. Isso pode elevar muito o tamanho de cada arquivo de revistas, filmes e aplicativos. Com armazenamento de 16, 32 e 64 GB, as opções de expansão não são uma possibilidade. Tudo pode lotar mais rápido, exigindo trocas mais frequentes com o PC ou notebook.

Quanto ao hardware, o que levar em conta?

Se você é ligado em tecnologia e desempenho, entende que quanto maior o poder de processamento melhor o cenário geral da máquina. Os novos tablets já são equipados em sua maioria com processadores de dois núcleos. Velocidades inferiores a 1 GHz já se tornam comuns aos aparelhos de entrada (mais baratos). Outro ponto interessante é o poder de processamento gráfico.

Os chips Tegra 3, da Nvidia, que começam a equipar tablets topo de linha com Android, como o Transformer Prime, da Asus, contam com 32 núceos de processamento dedicados a esse fim. O novo iPad, equipado com o A5X, conta com 4 núcleos de processamento gráfico. Isso permite que o tablet rode jogos com gráficos mais detalhados, edite vídeos com maior facilidade e encare uma conexão com a TV sem grandes problemas.

A navegação na web é igual?

Sim. Não há grandes diferenças entre os sistemas que possibilitem um vencedor absoluto. Mesmo os profetas afirmando a morte do Flash, isso pode fazer diferença em favor do Android. Mesmo a própria Adobe encerrando o suporte ao Flash para dispositivos móveis, muitos sites ainda o utilizam, como governo, instituições e sites de notícias.

A frase “there is an app for that” (há um aplicativo para isso) ainda não é uma realidade, bem como o avanço do HTML5. Com o tempo, isso pode mudar, mas se em sua rotina de internet o Flash seja uma necessidade, leve isso em consideração.

Conclusão

Não há um caminho certo ou verdades incontestáveis. Assim como na escolha de um carro (ou qualquer outra coisa), o gosto do usuário fará toda diferença. É preciso avaliar com cuidado as expectativas de cada um, o conforto que o aparelho oferece e o retorno que se busca com o investimento.

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