Tecnologia

4 tecnologias que tornam o agronegócio mais eficiente e lucrativo

Recursos como drones, inteligência artificial e agentes macrobiológicos reduzem pragas e encontram maneiras de tornar a produção mais lucrativa

Marcelo Poletti, da Promip: controle biológico de pragas (Germano Luders/Exame)

Marcelo Poletti, da Promip: controle biológico de pragas (Germano Luders/Exame)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 28 de setembro de 2017 às 13h34.

Última atualização em 28 de setembro de 2017 às 17h45.

São Paulo – A tecnologia tem um importante papel no agronegócio: ajudar os produtores rurais a ser mais eficientes, a atuar em conformidade com a legislação e a ganhar mais dinheiro. Startups brasileiras já fazem isso com drones, ácaros e inteligência artificial.

No EXAME Fórum Agronegócio, quatro startups apresentaram suas iniciativas para o setor. A Horus Aeronaves utiliza drones para mapear fazendas e plantações. A premissa é encontrar problemas nas imagens, que são analisadas com  inteligência computacional, e oferecer relatórios com as possíveis soluções.

Em plantações de cana, por exemplo, os agricultores podem encontrar falhas e saber quanto devem investir para corrigi-las ou o quanto irão perder de dinheiro por conta disso. Outra aplicação é para o gado. Os drones sobrevoam as fazendas para determinar a quantidade de proteína animal e sugerir a suplementação de ração necessária para aumentar a qualidade da produção.

“Desenvolvemos tecnologia de ponta para que o agricultor tenha tudo na palma da mão”, disse Fabrício Hertz, CEO da Horus Aeronaves.

Para o controle de pragas, a Promip, que tem sede em Engenheiro Coelho (região de Campinas, em SP), foi a pioneira no desenvolvimento de macrobiológicos. Ácaros são produzidos e comercializados a produtores rurais para manter a qualidade das plantações e evitar perdas.

Em 2014, a Promip recebeu um aporte de 4 milhões de reais do Fundo de Inovação Paulista. No ano seguinte, comprou a Insecta Agentes Biológicos e levou sua estrutura de Lavras (MG) para Engenheiro Coelho. Com a compra, a empresa passou a produzir também microvespas para ajudar no controle de pragas, informou Marcelo Poletti, diretor geral da Promip.

Já a PariPassu monitora a produção de hortaliças para detectar se os agrotóxicos estão em conformidade com a legislação. Ela rastreia os alimentos da plantação até o supermercado, sendo responsável pela gestão técnica do Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos, um programa de adesão voluntária da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Como uma espécie de Google Maps para a agricultura, a AgroTools tem mapeamento de propriedades rurais. São mais de 3,8 milhões de propriedades mapeadas do total de 5,5 milhões do país. A empresa é comandada por Fernando Martins, que foi CEO da Intel Brasil por cinco anos. Por meio de uma parceria com a Serasa, ela positiva ou negativa as produções. Além disso, a empresa detecta problemas como trabalho escravo e desmatamentos.

Segundo Lucas Tuffi, diretor comercial da AgroTools, todos os hambúrgueres exportados para o McDonald's, por exemplo, passam pela AgroTools para que se confira se a produção está em conformidade com a legislação.

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