Torneira (jonrawlinson/Photopin)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2014 às 07h20.
Nada menos do que 38% dos eleitores paulistas dizem ter sofrido interrupção no abastecimento de água em suas casas nos últimos três meses.
A taxa chega a 50% na cidade de São Paulo, e a 55% nos municípios da região metropolitana - apesar de a Sabesp dizer que não há racionamento. Na grande maioria dos casos (78%), houve mais de uma interrupção nesse período. É o que mostra pesquisa Ibope feita de sábado a segunda no Estado.
Mesmo assim, a falta dágua afeta marginalmente a eleição: Alckmin tem 41% de intenções de voto entre quem teve abastecimento interrompido pelo menos uma vez desde junho, contra 52% entre quem não ficou sem água nenhuma vez nos últimos três meses.
Razões
A taxa mais baixa entre quem ficou a seco, no entanto, pode ter outras razões.
Tradicionalmente, Alckmin vai melhor no interior do que na capital. Portanto, era esperado que continuasse bem fora da região metropolitana, onde a falta dágua ocorre com metade da frequência com que ocorre na capital e no seu entorno. Na periferia, onde houve mais queixas de interrupção, a taxa de ótimo e bom de Alckmin de 39% para 34% desde o fim de julho.
A impacto eleitoral relativamente pequeno talvez se deva ao fato de a maior parte dos paulistas creditar a falta dágua à falta de chuvas (37%). Outros 14% falam do desperdício do consumidor. Só 13% culpam o governador, além de 13% que debitam o problema às empresas e outros 8% que mencionam a falta de investimento.
Violência
Outro tema dominante na campanha eleitoral, a violência, aparece com destaque na pesquisa Ibope: 41% acham que a segurança pública piorou nos últimos 12 meses no Estado, e só 9%, que melhorou (48% dizem que não mudou). Além disso, 46% dos paulistas dizem ter sofrido ou conhecerem alguém que sofreu violência e/ou foi vítima de um crime no último ano. As citações a roubos e assaltos somaram 37% dos eleitores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.N