Pagamento com celular: pesquisa também aponta para adesão ao pagamento sem contato e uso de código QR (Leandro Fonseca/Exame)
Thiago Lavado
Publicado em 7 de outubro de 2020 às 17h45.
Última atualização em 7 de outubro de 2020 às 17h50.
Segundo um relatório da consultoria francesa Capgemini, pelo menos 30% dos consumidores já utiliza meios de pagamento de uma das gigantes de tecnologia, como Google, Apple ou Amazon.
Os dados ainda apontam que as transferências diretas entre contas foram o método de pagamento mais utilizado nos últimos meses, em que vigoraram os efeitos da pandemia de covid-19. O meio foi citado por 68% dos entrevistados. Na sequência, vêm os cartões sem contato, mencionados como uso frequente por 64% dos ouvidos pelo levantamento.
A ascensão dos pagamentos sem contato, via código QR e carteiras digitais também estão entre os achados do estudo: 41% das pessoas que pagavam por dinheiro disseram ter experimentado o uso de cartões sem contato e 27% dos consumidores aderiram aos pagamentos com QR code.
A pesquisa ouviu 8.600 consumidores ao redor do mundo, incluindo no Brasil. Participaram também 280 executivos de bancos, fintechs, empresas de pagamentos e de cartões e provedores de serviços de tencologoia em 44 países.
“Agora, mais do que nunca, os provedores de pagamentos precisam entregar ofertas diferenciadas que enfatizem velocidade, conveniência e uma excelente experiência de ponta a ponta para o cliente”, afirmou em nota Anirban Bose, diretor de serviços financeiros e membro do conselho executivo do Grupo da Capgemini.
De acordo com o relatório da consultoria, a abundância de opções e as inovações têm alimentado a competição e, conforme o mercado se consolida, modelos de faturamento e estrutras de custo estão sendo afetadas.
Nos próximos anos, os pagamentos não realizados em dinheiro devem continuar, vão refletir a dependência de transações não monetárias e os efeitos de uma economia global enfraquecida. É esperado para o setor um crescimento médio de 11,5%, abaixo da margem de 14%, registrada entre 2018 e 2019 e que foi o maior valor da última década.