Chaves em cima de teclado: pesquisa da Norton mostra que, protegidos ou não, brasileiros ainda tendem a se conectar a redes Wi-Fi abertas (Flickr.com/intelfreepress)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2013 às 18h24.
São Paulo – Um estudo divulgado hoje pela Symantec revelou que 22 milhões de brasileiros foram afetados pelo cibercrime nos últimos doze meses. O número é menor se comparado ao do mesmo período do ano passado, mas o custo médio por vítima, segundo a pesquisa, cresceu cerca de 50%, chegando a R$ 831.
O relatório da desenvolvedora do antivírus Norton analisou 13 mil usuários de 25 países, e ainda aponta que 48% dos donos de smartphone não se preocupam com a segurança do aparelho. E não apenas em termos de uso de apps de proteção: boa parte deles também não utiliza senhas e nem faz backup de arquivos com uma frequência mínima.
Brasil x Mundo – Em comparação com outros 24 países, o Brasil ainda perde no porcentual de adultos impactados pelo crime virtual nos últimos doze meses: 45% dos brasileiros, contra 41% do “resto do mundo”. Os gastos individuais para ajudar os vitimados também são mais baixos no exterior, ficando na casa dos 663 reais (contra os mais de 830 gastos no Brasil).
Em relação à segurança de dispositivos móveis, o cenário nacional dos últimos doze meses é um pouco melhor. Apesar de 57% dos usuários de dispositivos móveis daqui terem sido afetados pelo cibercrime no período (contra 38% do resto do mundo), a adoção de sistemas de segurança é maior. 49% dos brasileiros utilizam ao menos um app básico, enquanto lá fora, a porcentagem é de 33%. Nos tablets, o número aumenta para 61% por aqui e 42% no exterior.
Apesar da “vitória” no quesito móvel, não dá para deixar de prestar atenção na segurança, especialmente porque os números de casos de cibercrime ainda são bem altos – e o de pessoas protegidas é relativamente baixo. Ferramentas de invasão e roubo de dados mais sofisticadas, como é o caso dos ransomware, estão se popularizando e, apesar de ainda incomuns no Brasil, é questão de tempo até chegarem em massa por aqui.
Além disso, a pesquisa da Norton mostra que, protegidos ou não, brasileiros ainda tendem a se conectar a redes Wi-Fi abertas – 61% deles fazem isso, sem checar se elas são minimamente seguras. Ou seja, é preciso não só aumentar o uso de soluções de segurança, como também mudar alguns comportamentos.