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2 cuidados com o Gmail que salvariam David Petraeus, da CIA

David Petraeus renunciou à direção da CIA depois que mensagens no Gmail revelaram um caso extraconjugal dele. Veja como manter sua comunicação privada

O general Petraeus fez carreira brilhante no exército americano e na CIA, mas escorregou no Gmail (Alex Wong / Getty Images)

O general Petraeus fez carreira brilhante no exército americano e na CIA, mas escorregou no Gmail (Alex Wong / Getty Images)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 27 de junho de 2014 às 15h52.

São Paulo — Apesar de ter colecionado elogios enquanto era diretor da CIA, o general americano David Petraeus parece não entender muito de como guardar segredos. Petraeus renunciou à direção da CIA depois que mensagens no Gmail revelaram um caso extraconjugal dele com sua biógrafa Paula Broadwell.

O general parece ter acreditado que bastava usar um pseudônimo no e-mail para garantir a privacidade, um erro que, supõe-se, nenhum bom espião deveria cometer. Entre os arapongas, há duas regras para garantir que as mensagens não sejam vistas por olhares indesejados: escrever em código e apagar depois de ler. Se ele tivesse seguido esses dois procedimentos básicos, não teria perdido o cargo.

A investigação do FBI que levou à queda de Petraeus começou quando algumas das mensagens de Paula Broadwell, com conteúdo sexual, foram parar em mãos erradas, conta o Wall Street Journal. A mulher que as recebeu acionou o FBI, que iniciou uma investigação por suspeitar que houvesse alguma quebra de segurança ou algum crime digital em curso. Se as mensagens estivessem cifradas de forma segura (algo que um diretor da CIA deveria saber como fazer), isso não teria acontecido, é claro.

Segundo o Wall Street Journal, quando o FBI chegou a Paula Broadwell, encontrou documentos secretos em seus computador. O FBI não diz que documentos eram esses. Como ninguém foi preso, é provável que não seja nada muito importante. Ainda assim, estava armado um escândalo que tornou difícil a permanência de Petraeus em seu cargo. 

A maneira mais simples de trocar mensagens cifradas com alguém é usar um serviço online para isso, como o Sendinc ou o JumbleMe. EXAME.com experimentou este último, que é fácil de usar e funciona com qualquer webmail. Basta criar uma conta no site (gratuita ou paga) e, ao escrever a mensagem, acrescentar “.jumbleme.com” ao endereço do destinatário. No início da mensagem, coloca-se uma linha com a expressão “.password” seguida de uma senha, que será usada para decifrá-la. Tudo que vier depois dessa linha será cifrado.

Há outras soluções, que oferecem um nível mais alto de segurança. Mas elas geralmente requerem a instalação de utilitários específicos num computador, o uso de certificados digitais de identidade e o compartilhamento de chaves criptográficas entre as pessoas que vão se corresponder. São procedimentos que a maioria das pessoas não se daria ao trabalho de seguir, mas que combinariam bem com um homem da CIA.

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