Hyperloop: cápsulas podem viajar a até 1.500 km/h (Hyperloop Technologies/Divulgação)
Lucas Agrela
Publicado em 5 de fevereiro de 2017 às 13h25.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2017 às 18h38.
São Paulo – A primeira linha do Hyperloop, um trem de alta velocidade e de custo menor do que o do metrô, deve estrear dentro de dois anos. A declaração vem de Andres De León, chefe de operações da Hyperloop Technologies, empresa que negocia com governos de vários países a implementação do meio de transporte inovador.
No momento, León não sabe precisar qual será o primeiro país a contar com o Hyperloop.
"Estamos trabalhando com diferentes governos. Todos querem ser o primeiro, mas isso vai depender de quem for mais rápido. As regulações estão levando mais tempo do que esperávamos no início. Não é algo que vai levar dez anos, mas também não é de um dia para o outro. Ele deve levar de um a dois anos para estrear”, declarou o executivo, em entrevista coletiva na 10ª edição da Campus Party Brasil, realizada em São Paulo. "A inovação vem primeiro e a regulamentação vem depois."
A negociação em foco hoje é com Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, mas a Hyperloop Technologies já firmou acordo com os governos da Republica Tcheca e com a Eslováquia. A Califórnia também está nos planos da empresa, que trabalha em parceria com mais de 40 companhias de diferentes pontos do planeta e tem cerca de 600 colaboradores.
"Não acreditamos que somos uma empresa que vai criar o Hyperloop. Acreditamos em um movimento”, disse León.
Uma das primeiras rotas já planejadas vai conectar a cidade de Brno a Praga e a Bratislava. O percurso, que hoje leva uma hora e meia, poderá ser feito em 10 minutos.
A velocidade média do trem é de 1.200 kmh. Ele utiliza uma combinação de levitação magnética com ventiladores para diminuir a resistência do ar, entre outros fatores.
O Hyperloop foi idealizado pelo bilionário Elon Musk, que compartilhou o projeto sem registro de patentes. Ele, aliás, está tão estressado com o trânsito que começou a cavar um buraco enorme nos Estados Unidos sem saber ao certo que está fazendo.