14 recursos que a Apple “roubou” do Android recentemente
Após o lançamento do iOS 8 e do iOS 9, muitas pessoas tiveram a sensação de que algumas ferramentas já existiam. A verdade? O Android foi a inspiração da Apple
Déjà vu (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2015 às 05h56.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h38.
São Paulo – Se você é fã da Apple, provavelmente, ficou animado com as ferramentas introduzidas pelo sistema iOS 9. No entanto, se você já utiliza o Android, tais funções já faziam parte da sua vida há algum tempo. Não é nenhuma novidade que grandes empresas, como Apple, Samsung e Google “roubam” algumas funções já usadas por seus rivais. Isto não é necessariamente ruim, pois significa que elas estão se adaptando à demanda de seus usuários. Esta técnica de utilizar ferramentas já introduzidas pelos concorrentes está cada vez mais comum. A seguir, você verá quais são as principais funções que a Apple “pegou emprestado” do Android para lançar o iOS 8 e o iOS 9.
Um dos recursos mais esperados pelos usuários da Apple, a tela multitarefas, já era realidade em dispositivos de outras marcas há algum tempo. Agora, quem tem um iPad vai ser capaz de ver dois apps lado a lado, em uma única tela, graças a um novo recurso do iOS 9, o Split View. A linha Galaxy Note da Samsung e os smartphones G3 e G4 da LG já permitiam que os usuários dividissem a tela. Nos gadgets da Samsung, você pode abrir mais de um app na tela inicial e redimensioná-los com a ferramenta Multi-Janela. Já a LG possui um recurso, o QSlide, que possibilita que você ajuste a transparência de cada janela.
Algo que já era visto no YouTube e em smartphones com Android, agora poderá ser utilizado por usuários do sistema iOS. Com o recurso do “vídeo flutuante”, você é capaz de mover vídeos para o canto inferior da tela do seu iPad ou iPhone enquanto usa outros apps. Este recurso foi lançado primeiro pela Samsung, em 2012, com o Galaxy Note 10.1. Chamado de Pop-Up Play, a ferramenta permite que o usuário redimensione o vídeo em segundos. A LG introduziu uma ferramenta similar no smartphone G2, chamado de QSlide, em 2013. Ela possibilita que a pessoa redimensione aplicativos e os mova ao redor da tela.
Em 2013, a HTC lançou o smartphone One M7 com o modo de economia de bateria. A Samsung fez a mesma coisa em 2014 com a apresentação do Galaxy S5. No mesmo ano, o Android atualizou para o Lollipop 5.0 e introduziu a função de baixo consumo de bateria. O que essa ferramenta faz? Ela coloca o dispositivo em um estado de baixa energia. Desse modo, ele preserva os últimos 10-20% de bateria para a realização de tarefas realmente necessárias, como fazer ligações e digitar mensagens. Agora, em 2015, os usuários do iPhone já estão se beneficiando com o recurso. A Apple promete mais de 3 a 4 horas de vida útil da bateria para quem atualizou para o iOS 9.
A Siri está ficando cada vez mais inteligente. A assistente virtual da Apple agora é capaz de se comunicar com aplicativos de smartphones para fazer sugestões. Por exemplo: ela vasculha seus e-mails, lhe informa quais são seus compromissos e avisa quando um evento irá acontecer. O assistente do Android, o Google Now, faz sugestões com base nos hábitos dos usuários. Quanto mais você usa o app, mais ele aprende sobre você e seus hábitos.
Com a introdução do iOS 9, a Apple anunciou uma nova barra de atalhos para o teclado. As novas funções permitem que o usuário adicione fotos, arquivos, mensagens e e-mails instantaneamente para apps. Além disso, quem tem um iPhone pode tirar fotos e copiar textos a partir de atalhos no teclado. Claro que desde o lançamento do iOS 8 em 2014, os usuários de iPhones podem baixar teclados de terceiros (Swype e Swift Key) como uma alternativa ao teclado da Apple. No entanto, os smartphones com Android possuem essa capacidade há anos.
Parecido com o Google Keep, o Evernote e outros aplicativos de anotações, o app "Notas" permite que você use a Siri para fazer anotações. Também é possível tirar uma foto e salvá-la diretamente no aplicativo. Resumindo: o aplicativo está ainda mais rico em recursos devido ao Android. A maioria dessas ferramentas existentes no “Notas” já estava disponível no app do Google -- e de terceiros também.
A verdade é que o app “Maps” da Apple nunca chegou aos pés do Google Maps. Contudo, precisamos admitir que a empresa da maçã fez progressos notáveis com o iOS 9. Com a atualização, os usuários podem utilizar rotas de transportes públicos. Quem utiliza smartphones com Android sabe muito bem que o Google Maps sempre foi capaz de mostrar como chegar ao destino com ônibus, trens e metros.
O Apple Pay deixa o usuário armazenar cartões de fidelidade de suas lojas favoritas com a atualização do iOS 9. Basta a pessoa ter um cartão de crédito e realizar compras. Contudo, essa ferramenta existe no Google Wallet, o sistema de pagamento móvel do Google, desde sua criação em 2011. Os brasileiros poderão utilizar essa função se possuírem um cartão de crédito que seja de um banco dos Estados Unidos (Bank of America, Capital One e American Express). Ele deve registrar os dados do cartão no iPhone e modificar a localização do dispositivo para os Estados Unidos.
O iPhone 6 é o primeiro smartphone da Apple com um chip NFC. Isso significa que você pode apenas tocar seu celular em uma máquina de pagamentos, em vez de usar um cartão de crédito, para fazer compras. Apesar do pagamento móvel ainda não fazer parte do cotidiano das pessoas, os smartphones com o sistema Android possuem esse recurso há pelo menos 3 anos. O Samsung Galaxy S3, por exemplo, saiu de fábrica em 2012 com o NFC embutido. No Android, o uso do NFC ainda vai além de pagamentos digitais.
A Apple adicionou widgets no iPhone no ano passado com o iOS 8. Widgets são aplicativos que flutuam pela área de trabalho e fornecem funcionalidades específicas ao usuário, como previsão de tempo, relógio e cotação de moedas. Lançados em 2009 no Android, os widgets são um pouco diferentes dos encontrados no sistema da Apple. Os widgets do iOS ficam instalados em sua gaveta de notificações. Já no Android, eles podem ser colocados e redimensionados em qualquer lugar na tela inicial.
Em 2014, a Apple adicionou a função de chamar a Siri sem o usuário tocar no iPhone. A pessoa só precisa dizer “Hey Siri” em vez de apertar o botão home no smartphone. Contudo, o Moto X faz a mesma coisa desde seu lançamento, em 2013. O smartphone da Motorola possui em seu software um processador de linguagem natural. Assim, você pode falar no telefone a uma determinada distância, sem ter que pressionar nenhum botão.
O iOS 8 trouxe notificações acionáveis para o iPhone. Ou seja, o usuário pode responder a mensagens de textos e outros alertas diretamente na notificação, sem precisar abrir o app. O sistema Android estreou um recurso semelhante quando a atualização Jelly Bean 4.1 foi lançada em 2012.
Aplicativos agregadores de notícias, como o Flipboard e o Circa, já são utilizados há algum tempo por usuários de Android e iOS. Na realidade, os smartphones da Samsung já saem de fábrica com o Flipboard pré-instalado. Agora, os usuários de iPhone que atualizaram para o iOS 9 tem um aplicativo que leva conteúdos com base nas preferências do usuário. Chamado de News, o app faz uma curadoria das principais notícias do mundo. Outras empresas, como Spotify e Facebook, lançaram aplicativos e plataformas com curadoria própria neste ano.
Com o iOS 9, o seu iPhone sugere aplicativos que ele “pensa” que você deseja usar. Por exemplo, se você escuta música todo dia de manhã, seu iPhone irá ligar automaticamente apps de música, como o Spotify ou o Apple Music. Basta você conectar o seu fone de ouvido no celular. Apesar de não ser totalmente igual, o sistema Android já possui uma ferramenta similar desde o primeiro semestre de 2014. Chamado de Aviate, o sistema apresenta aplicativos e informações que ele acha que são relevantes para você em determinados momentos do dia. O HTC One 9 também vem com um recurso que exibe diferentes apps que podem ser relevantes para você. Essa “mágica” é feita com base na localização do usuário.
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