Festa (Ranny Antipatiko/Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2014 às 05h32.
Apesar das más notícias nas manchetes internacionais sobre aquecimento global e as dificuldades na negociação de um possível acordo global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa a concentração de dióxido de carbono na atmosfera bateu níveis recordes nos últimos meses, nunca vistos antes nos últimos 800 mil anos, nem tudo está perdido. Já existem soluções alternativas e respostas para minimizar o impacto das mudanças climáticas.
Em matéria no jornal inglês The Guardian, o jornalista Karl Mathiesen, listou 10 motivos para que possamos ser otimistas em relação a mudanças positivas no atual cenário, que destacamos aqui:
1. Barack Obama e seu plano histórico contra mudanças climáticas
Depois de uma longa espera, finalmente o presidente americano se posicionou na prática frente à agenda climática global. Anunciou em 2013 o plano em que impôs a redução da emissão dos gases de efeito estufa e recentemente praticamente inviabilizou novos investimentos em termoelétricas a carvão mineral.
2. Fechamento das usinas de carvão na China
A cena já virou frequente. Os chineses saem às ruas com máscaras no rosto para aguentar a poluição sufocante e insalubre. Maior emissor mundial de carbono, o país divulgou no final de julho o fechamento da primeira de quatro usinas térmicas a carvão em Pequim. Um plano para os próximos cinco anos prevê que a mesma medida seja tomada em outras províncias chinesas.
3. Redução do custo da energia solar
Estima-se que de 2007 a 2012 os custos de fabricação de painéis fotovoltaicos caíram entre 70% e 80% (leia mais em Custos continuam a cair e energia solar avança
4. Investimentos em combustíveis fósseis estão caindo
Ao lançar campanha para incentivar formas mais limpas de energia, o governo americano conseguiu fazer com que muitas empresas e investidores retirassem dinheiro de companhias de combustíveis fósseis. O movimento foi surpeendentemente mais rápido do que qualquer outra iniciativa de desinvestimento feita no passado, relatou estudo da Universidade Oxford. Um dos motivos é que hoje em dia nenhuma empresa quer ter sua marca ligada a impactos ambientais.
5. Mulheres de Bangladesh trabalham como técnicas solares
O país é um dos mercados que mais cresce neste setor. Já são dois milhões de casas com painéis solares. E as mulheres de Bangladesh, que sempre trabalharam em condições desumanas, são a grande força por trás deste setor. Mas agora, empregadas de forma digna.
6. A hora das energias renováveis
Segundo a REN21, Renewable Energy Policy Network for the 21st Century, em 2013 o investimento em projetos renováveis foi de 268 bilhões de dólares, cinco vezes maior do que em 2004.
7. Casas europeias já usam menos energia
Construções sustentáveis, materiais recicláveis, eletrodomésticos que gastam menos energia e práticas com menor impacto ambiental têm sido grandes aliados na redução da pegada de carbono. Pesquisa da comunidade europeia revelou que o consumo residencial de energia caiu 15% entre 2000 e 2011.
8. Negócios menos poluentes
Este é um caminho sem volta. Para serem sustentáveis, as empresas precisam investir na economia verde. Pouco mais da metade das 100 maiores companhias americanas conseguiram reduzir sua pegada de carbono em 58 milhões de megatoneladas em 2012, comprovou estudo do WWF/Ceres.
9. A escassez do petróleo
Fica cada vez mais difícil e caro, encontrar petróleo. Grandes multinacionais têm investido quantidades exorbitantes para extrair o combustível fóssil. O preço sobe e a popularidade desta fonte suja continua caindo.
10. Mais carros elétricos nas ruas
Apesar desta ainda ser uma realidade distante da vida brasileira, globalmente a venda de carros elétricos tem dobrado anualmente. Estima-se que, até o final de 2015, sejam mais de um milhão de veículos elétricos no mundo. Na Noruega, um em que cada 100 automóveis já é movido à bateria.