Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 09h00.
Diferentemente do que ocorre no universo Android, o conteúdo que funciona bem na tela maior é exibido em menor escala, sem prejuízo da qualidade. Somente quem faz questão de ler com letras grandes pode reclamar de um certo aperto na tela. A qualidade da tela, de 1.024 por 768 pixels, e o desempenho para rodar apps são os mesmos do iPad 2. Mas distantes da exuberância da Retina Display e da força dos chips A6X e Android com quatro núcleos.
Avaliação de Cauã Taborda / Contrariando as promessas e os inúmeros rumores negados, a Apple lançou o iPad mini. Cedendo à pressão do mercado, que absorveu muito bem os tablets com Android de 7 polegadas, em especial o barato Kindle Fire, a Apple conseguiu manter sua linha de design e lançar um produto no mínimo interessante.
Menor e mais leve, o iPad mini traz a mesma resolução do iPad 2. Se para alguns a falta de pixels da tela retina é um problema, para outros, os 0,7 cm de espessura e design confortável de segurar com uma única mão são muito bem recebidos.
No lugar do chip A6X do iPad 4, o iPad mini confia seu processamento no A5, que traz um Cortex A9 dual core de 1 GHz. Há também 512 MB de RAM, GPU dual core PowerVR SGX543MP2, GPS, Bluetooth 4.0, Wi-Fi 802.11 a/b/g/n dual band, câmera traseira de 5 megapixels, com gravação em 1.080p e câmera frontal de 1,2 MP.
Mesmo que o mini pareça encalhado no velho motor do iPad 2, ele é a prova de que pode não haver necessidade para tanto. Durante nossos testes no INFOlab, não encontramos nenhum problema na abertura e execução de aplicativos. Aliás, como comentado acima, a tela menor não impede a abertura de nenhum app feito para a versão maior do tablet.
Medindo 20 por 13 por 0,7 cm, o design do iPad mini é seu grande trunfo, já que por dentro ele está duas gerações desatualizado. Vendido nos Estados Unidos por 329 dólares (versão Wi-Fi de 16 GB), o pequeno tablet ainda é mais caro que seus principais concorrentes com Android. Por outro lado, sua tela de 7,9 polegadas garante uma ligeira vantagem, já que há 36% a mais de tela.
Ao contrário do iPhone 5, que recebe dois materiais na traseira, o iPad mini segue a linha mais tradicional e possui traseira e laterais em alumínio. Quem comprar um iPad mini receberá o mesmo tratamento habitual dos tablets da Apple, que não inclui nenhum acessório, nem mesmo um par de fones. Há somente o carregador e um manual, como de costume. Além disso, ele também conta com o novo conector Lightning. Ainda com interface USB 2.0, a única inovação prática para o consumidor é conseguir encaixar o conector em qualquer posição. Fora isso, há mais dor de cabeça do que benefícios, já que é necessário adquirir um adaptador (muito difícil de achar) para que seus acessórios funcionem.
Nossa conclusão, após passar um bom tempo avaliando o iPad mini, é que a Apple acertou em ceder à pressão da concorrência. O ótimo design faz dele um tablet mais confortável para o transporte e uso prolongado, como para ler um livro. Há, no entanto, uma disparidade na tela e no motor interno, o que pode fazer do iPad 4 um investimento mais sensato.
http://videos.abril.com.br/info/id/33a6cc368dacbd3af104cf7169779668
*Preço praticado no Mercado Livre. Não há data de lançamento oficial para o Brasil.
Tela | 7,9 |
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Processador | A5 Cortex A9 1 GHz dual core |
Armazenamento | 32 GB |
Peso | 308 g |
SO | iOS 6 |
Duração de bateria | 9h18min |
Prós | Design compacto; leve; boa duração de bateria |
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Contras | Tela não é retina, processador e RAM desatualizados |
Conclusão | Tablet tem bons pontos positivos, mas é necessário ponderar o investimento por conta do hardware |
Configuração | 8,4 |
Usabilidade | 8,6 |
Design | 8,7 |
Bateria | 7,2 |
Média | 8.3 |
Preço | R$ 1.699* |