(Germano Lüders/Site Exame)
Karin Salomão
Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 05h20.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 14h01.
Há mais roupa sendo produzida no mundo e logo em seguida descartada, depois de pouco uso. O consumidor médio compra hoje 60% mais peças de vestuário do que há 15 anos e cada item é utilizado por apenas metade do tempo. O impacto da fabricação é enorme: a indústria da moda é responsável por entre 8% e 10% das emissões de gás carbônico e é a segunda indústria que mais consome água, gerando cerca de 20% de todo o esgoto e água despejados no ambiente, segundo dados da Organização das Nações Unidas. Mas o consumidor está cada vez mais consciente desse problema.
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Em resposta, grandes varejistas e fabricantes brasileiras estão criando novas coleções e tecnologias para reduzir os danos. Entre as iniciativas estão processos industriais para reduzir o uso da água, emprego de energia renovável nas lojas e nas fábricas e projetos de economia circular. Por enquanto, algumas iniciativas se restringem a determinadas coleções. “Imaginar a indústria da moda de forma mais sustentável é uma jornada. Não é possível mudar tudo do dia para a noite”, diz Valesca Magalhães, gerente de sustentabilidade da Riachuelo.
Uma das apostas das grandes varejistas é incentivar que as peças sejam usadas até o fim de sua vida útil, seja por meio de doações, reciclagem, seja pela venda em brechós — que de lojinhas de garagem viraram negócios bilionários. A startup Enjoei é um exemplo: criada em 2009, abriu o capital na bolsa em novembro deste ano e está valendo cerca de 2 bilhões de reais. A Arezzo&Co também comprou um brechó online, o Troc, na primeira transação do fundo de venture capital do grupo, o ZZ Ventures. Já as varejistas Renner e C&A anunciaram parcerias com a startup Repassa – que, criada em 2015 e recebendo atualmente cerca de 50.000 peças por mês para venda no site, já tinha uma parceria com a Malwee desde o ano passado. Conheça a seguir as principais iniciativas dos grandes grupos brasileiros.