Petrus Vieira, Manuella Nascimento e Pettrus Nascimento, da Prol Educa: mais de 20.000 estudantes bolsistas em escolas particulares (Rafael Acioli/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 23 de novembro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 23 de novembro de 2023 às 08h20.
O negócio da edtech pernambucana Prol Educa é colocar jovens de comunidades periféricas nos bancos de escolas particulares. Para isso, a empresa mapeia vagas ociosas em instituições de prestígio. Em seguida, negocia descontos de até 80% na mensalidade. Com o aval da escola, a Prol Educa divulga a oportunidade para uma base de contatos cadastrados em sua plataforma e — voilà! — é feito o match.
Em sete anos, a empresa fechou parcerias com 2.000 escolas e já matriculou mais de 20.000 crianças. Cerca de 75% dos alunos atendidos têm renda familiar de um salário mínimo.
“A grande maioria das famílias é de mães solo, negras e periféricas”, diz o CEO Pettrus Nascimento.
Ele nasceu na periferia de Recife e teve a vida transformada por uma bolsa de estudo num colégio particular — uma trajetória compartilhada pelos sócios Petrus Vieira e Manuella Nascimento.
Em 2023, a Prol Educa deve faturar 1 milhão de reais. A receita vem de comissões pelas mensalidades escolares e pela taxa de renovação da matrícula.
“Nós já levamos mais de 10 milhões de reais para as escolas parceiras que tinham vagas ociosas”, diz Nascimento.
O modelo de negócios chamou a atenção de investidores. Em 2022, a edtech fechou uma rodada com a Anjos do Brasil, rede de investidores anjo, e recebeu aporte do Black Founders Fund, iniciativa global do Google para startups fundadas por negros.
Para 2024, a Prol Educa quer dobrar o número de famílias atendidas e ter uma cobertura nacional. A estratégia para conseguir mais bolsas de estudo inclui pedir doações a pessoas físicas para custear bolsas de estudo.
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