Caminhões e máquinas comprados com recursos do PAC: um ano à espera de motoristas e operadores (Agência RBS)
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2015 às 05h56.
São Paulo -- O Brasil investe pouco e, para piorar, não há garantia de que os investimentos sejam bem aproveitados, ao menos quando feitos pelo poder público. Um exemplo: o estado de Santa Catarina recebeu do governo federal, em maio de 2014, três caminhões equipados com máquinas para perfurar poços artesianos.
Os veículos custaram 17 milhões de reais em recursos do Plano de Aceleração do Crescimento e deveriam aliviar a seca em 56 municípios do interior onde as chuvas estão abaixo da média há três anos.
Mais de um ano depois, porém, ainda falta quem ponha os equipamentos para funcionar. Cabe ao governo catarinense contratar motoristas e operadores, o que não foi feito.
“Em 2014, fomos prejudicados pela lei que restringe a contratação de pessoal antes das eleições”, diz Aníbal Gonzalez, assessor jurídico da Secretaria de Agricultura de Santa Catarina. Depois foi preciso esperar a nomeação do novo secretário, escolhido só em fevereiro.
Em seguida, o governo desistiu de promover um processo seletivo para contratar funcionários. Em vez disso, resolveu firmar convênios com consórcios de municípios, que forneceriam a mão de obra — algo que até agora também não aconteceu. Enquanto isso, a seca persiste.