Nahas, de O Melhor da Vida: funcionários vão receber um guia com a missão e os valores de uma empresa que deve triplicar de tamanho (Leandro Fonseca/Exame)
A preocupação do empreendedor paulistano Jorge Nahas para 2022 é a mesma de muita gente à frente de negócios em expansão acelerada: como manter uma cultura coesa em meio a tanta gente chegando à empresa (e outras saindo) e novas frentes de negócios sendo abertas. Nahas é o fundador de O Melhor da Vida, um negócio que vende experiências de vida em forma de presentes. No rol das mais de 3.000 experiências oferecidas por 1.700 parceiros na loja virtual da empresa estão voos de balão e de helicóptero, estadas em spas e pacotes turísticos inusitados, como o “Pedalando pela Patagônia” e o “Rota 66 de Moto”.
Impulsionado pelo desejo de indulgência de muita gente confinada em casa na pandemia, o negócio de Nahas está bombando. Em 2021, O Melhor da Vida teve receita recorde desde a fundação, há 16 anos. Para 2022, a expectativa de Nahas é faturar 17 milhões de reais — quase o triplo do volume atual. Com tanta coisa rolando, o empreendedor deve publicar em janeiro um guia sobre as missões e os valores da empresa. “A intenção é colocar a liderança e os 30 funcionários na mesma página”, diz Nahas. Na lista de conteúdos a serem publicados no guia estão itens como a estratégia de O Melhor da Vida para os próximos anos e as habilidades a serem desenvolvidas pelos funcionários para a empresa atingir as metas. “Nosso manual de cultura é a aposta de que, se treinarmos os líderes, eles vão treinar a equipe e crescer com ela”, diz Nahas. “E, então, vamos crescer como empresa.”
A ideia, por ali, é preparar o time para mudanças nos canais de venda a partir de 2022. Em breve, as experiências oferecidas por O Melhor da Vida estarão também à venda em marketplaces de alcance nacional, como Magazine Luiza, Americanas e Saraiva. Em outra frente, Nahas quer ampliar o time de vendas focando negócios com empresas dispostas a dar mimos aos funcionários em troca de um retorno gradual ao trabalho presencial. “As empresas agora percebem, mais do que nunca, a importância de oferecer experiências ligadas ao bem-estar”, diz. Para Nahas, aproveitar a oportunidade depende de o time estar falando a mesma língua.