Expediente longo é produtivo? (Svetikd/Getty Images)
O tempo necessário para resolver os problemas de um negócio normalmente ultrapassa as 8 horas diárias de trabalho preconizadas na legislação trabalhista. Os empreendedores brasileiros trabalham em média 9,9 horas por dia, segundo uma pesquisa do Sebrae divulgada no fim de 2021. A duração da labuta aumenta junto com o porte da empresa.
Microempreendedores individuais, categoria com receita de até 81.000 reais anuais, dedicam 9,2 horas diárias em média. Donos de empresas de pequeno porte, com faturamento a partir de 360.000 reais por ano, investem perto de 10 horas por dia na gestão. A falta de tempo (e de energia!) para nutrir uma vida social é a terceira principal dor dos empreendedores iniciantes, segundo o estudo do Sebrae — só perde para a falta de crédito e as incertezas sobre a validade do plano de negócios.
Dito isso, em meio ao trabalho por longas horas, como anda a qualidade do tempo dedicado ao serviço? Um estudo recente da fabricante de softwares empresariais Asana com 10.000 funcionários de colarinho branco, e publicada pela Bloomberg, mostra um espaço curto para o planejamento de metas de longo prazo. Em 2021, só 9% do tempo foi gasto dessa maneira; em 2019, eram 14%.
Quase 60% das jornadas foram gastas com burocracias do dia a dia, como reuniões para planejamento da pauta da reunião seguinte. Nem sempre trabalhar mais é trabalhar melhor.