Revista Exame

Sem inovar, Brasil abre mão de uma rota para sair da crise

Dificuldade em conseguir incentivos e a falta de políticas públicas são os dois principais entraves à inovação, segundo profissionais.

Carlos Pacheco (Germano Luders/Exame)

Carlos Pacheco (Germano Luders/Exame)

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Aline Scherer

Publicado em 4 de julho de 2016 às 05h56.

Última atualização em 31 de janeiro de 2019 às 16h48.

Campinas e Rio de Janeiro — Falar da dificuldade de inovar no Brasil é como criticar a Seleção Brasileira de Futebol: todo mundo tem algum palpite. O engenheiro Carlos Américo Pacheco pode não entender muito de futebol, mas ninguém pode duvidar de suas credenciais para discutir inovação.

Pós-doutor em economia pela Universidade Colúmbia e secretário executivo do Ministério da Ciên­cia e Tecnologia no último mandato de Fernando Henrique Cardoso, Pacheco já comandou algumas das renomadas instituições do país na área de tecnologia. Uma delas foi o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Como reitor, ele olhou nos olhos a besta da burocracia brasileira.

Pacheco negociou um acordo do ITA com o americano Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma das universidades mais prestigiadas do mundo e de onde saiu boa parte do grupo de 40 estrangeiros que ajudaram a montar o instituto brasileiro na década de 60.

O projeto previa a revisão do currículo, com a inclusão de matérias sobre empreendedorismo e negócios, além da criação de um laboratório de inovação para colaboração com empresas, como o Media Lab, do MIT. Depois de mais de um ano de negociações, o projeto sucumbiu por falta de apoio do governo na reta final, de acordo com Pacheco.

“A última coisa que queríamos era assinar o contrato e, no dia seguinte, um corte de orçamento acabar com o projeto. Decidimos encerrar as negociações antes que isso acontecesse e evitamos um papelão”, diz.

Pacheco resolveu encurtar seu mandato na reitoria do ITA e, em março de 2015, tornou-se diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, no interior de São Paulo, onde está em construção a maior obra de infraestrutura científica do Brasil. O Sirius será o mais moderno acelerador de partículas do mundo caso seu lançamento ocorra conforme o previsto, no final de 2018.

Quando estiver pronto, servirá para realizar pesquisas em áreas tão distintas quanto a de mineração e a de fármacos. O laboratório Argone, com sede em Chicago, contratado pelo departamento de energia americano para atualizar o acelerador de partículas do país, acompanha de perto as inovações contidas no Sirius. É um caso raríssimo em que o Brasil está produzindo algo mais avançado do que os Estados Unidos.

Em sua gestão à frente do CNPEM, Pacheco propôs aumentar as parcerias com o setor privado, com a prospecção ativa de clientes. “A ideia era multiplicar o impacto econômico positivo que somos capazes de produzir por meio da pesquisa”, diz. O CNPEM presta serviços para aproximadamente 40 empresas.

Mais contratos ajudariam a aumentar o orçamento, hoje totalmente dependente do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que diminuiu de 93 milhões de reais, em 2015, para 61 milhões, em 2016, obrigando o corte de 10% do quadro de cientistas. No entanto, mais uma vez, Pacheco viu seu esforço desperdiçado.

“As pretensões eram oportunas, mas existiam muitos conflitos pessoais”, afirma o renomado físico Rogério Cerqueira, presidente do conselho de administração do CNPEM. Segundo ele, o relacionamento com os demais diretores não foi fácil por divergências quanto à real vocação do centro.

“Os 60 laboratórios do centro são abertos para o uso da comunidade científica mundial e, em adição a isso, trabalhamos também para a indústria. Todos entram na mesma fila para usar os espaços”, diz Cerqueira. Por ano, cerca de 2 000 pesquisadores de diferentes universidades e países utilizam as instalações do centro, em geral durante até quatro semanas — sem pagar nada por isso.

Em março, Pacheco pediu demissão do cargo. Um comitê de busca deverá escolher um novo diretor-geral até o final deste ano. As desventuras de Pacheco resumem uma série de entraves que tornam a inovação no Brasil coisa para abnegados. Embora ocupe atualmente o nono lugar entre as maiores economias do mundo, o Brasil está muito mal em todos os rankings globais de inovação.

O Global Innovation Index, realizado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, em parceria com a Universidade Cornell e com a escola de negócios Insead, coloca o país na 70a posição entre as nações mais inovadoras em 2015 — nove posições atrás em relação ao ano anterior. O ranking avalia números como emissão de patentes, volume de exportações e investimento per capita em pesquisa.

“Não importa o tamanho do mercado ou da economia, a inovação depende da qualidade do ambiente para os negócios”, diz Heitor Carrera, sócio da consultoria Boston Consulting Group. A Suíça é avaliada como a nação mais inovadora e tem o 20o PIB mundial.

“É um país que oferece pouco subsídio fiscal, mas apostou na educação e por isso atrai empresas atrás de mão de obra extremamente qualificada”, afirma Carrera.

Um estudo realizado pela consultoria Accenture com 200 profissionais em cargos ligados à inovação e à pesquisa no Brasil, obtido com exclusividade por EXAME, mostra que para quase metade deles a dificuldade em conseguir incentivos e a falta de políticas públicas são os dois principais entraves à inovação.

A lista de problemas não para por aí, e vai desde o excesso de burocracia até a pouca interação com parceiros externos. “Uma questão maior paira sobre todos esses aspectos — a falta de confiança. A empresa não confia no governo, que não confia na academia, e vice-versa”, diz o britânico Armen Ovanessoff, diretor do núcleo de pesquisas em tendências da Accenture e responsável pelo estudo.

Não é um drama apenas para especialistas e empresas. É um obstáculo para a economia como um todo. Com o fim da expansão da demanda por commodities e com a queda vertiginosa do preço do petróleo, economias muito dependentes de recursos naturais têm perdido seu brilho.

Um estudo coordenado pelos professores Calestous Juma e Lee Yee-Cheong, da Universidade Harvard, aponta a América Latina como prova de que somente o acúmulo de capital não é suficiente para garantir a redução da pobreza e o crescimento da economia no longo prazo. O continente tem um nível de renda relativamente alto e, ainda assim, apresenta baixas taxas de crescimento.

“É preciso inovação e tecnologia para transformar a base do desenvolvimento e diminuir a dependência da exploração dos recursos naturais”, afirmam os autores. De acordo com o estudo, os casos mais bem-sucedidos estão na Ásia — Coreia do Sul e Taiwan mantêm altas taxas de crescimento impulsionadas pela indústria e pela produção orientadas para exportação.

Os brasileiros entendem tanto de café quanto os coreanos e taiwaneses de tecnologia. Mas, enquanto Coreia do Sul e Taiwan exportam eletrônicos e semicondutores, o Brasil importa cápsulas de Nespresso.

“Temos importância fundamental na cadeia global de alimentos, e isso não está em questão”, diz Humberto Luiz Ribeiro, secretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento entre fevereiro de 2011 e junho de 2014.

“Somos imbatíveis até em colheitadeira. O problema é que não participamos do que vem depois.” Ribeiro, que passou o ano de 2015 como professor convidado na Universidade Cornell, no estado de Nova York, diz que uma das chaves para o salto da economia do país é a “servicificação”, ou a agregação de valor ao que produzimos.

Se o caminho parece claro, o mesmo não pode ser dito da consistência com que o Brasil se mostra disposto a trilhá-lo. O americano Ken Herd sabe o que é lidar com essa falta de clareza. Herd abriu centros de desenvolvimento tecnológico para a multinacional General Electric na Índia, na China, na Alemanha e nos Estados Unidos.

Hoje é responsável pela unidade do Brasil, instalada no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Lá, três máquinas do tamanho de prédios de sete andares ocupam um galpão de ­­3 000 metros quadrados.

Projetadas para simular as condições da exploração de petróleo e gás natural em camadas profundas do oceano, elas testam a resistência de materiais ao ambiente corrosivo do fundo do mar e ao efeito da pressão da água nos dutos de extração de petróleo que ficam a mais de 3 quilômetros de profundidade. Os primeiros pesquisadores chegaram em novembro de 2011.

De lá para cá, porém, as condições básicas que levaram à decisão de construir o centro de estudos mudaram radicalmente.

A Petrobras, principal cliente, está envolvida num escândalo de corrupção mais profundo do que a camada de pré-sal. Uma medida provisória assinada em setembro do ano passado para suspender a Lei do Bem — em vigor há dez anos para reduzir os impostos com as contratações de pesquisadores e com a importação de materiais de pesquisa e desenvolvimento — atrapalhou os planos dos executivos.

Seis meses mais tarde, em março, a medida foi arquivada e a Lei do Bem voltou a valer. Mas, para boa parte das empresas, o estrago já está feito. No planejamento da GE, o laboratório teria uma equipe de 400 pesquisadores. Por enquanto há 130.

“Com a previsão de corte de incentivos fiscais, desaceleramos as contratações”, diz Herd. “Fico frustrado em ver que a inovação no país dá dois passos para a frente e dois para trás”, afirma Gilberto Peralta, presidente da GE no Brasil. “Não há consistência.” A solução para superar os resultados pífios não depende só de dinheiro.

Ao contrário do que se poderia supor, em valores absolutos, o Brasil é o décimo país que mais investe em pesquisa e desenvolvimento: 64 bilhões de reais em 2013. O valor é quase quatro vezes maior do que o registrado uma década atrás. Um dado diz muito sobre a dispersão dos esforços para a inovação no Brasil: países inovadores têm menos prioridades oficiais nos investimentos relacionados ao tema.

No caso da Coreia do Sul são seis. No Brasil, as prioridades até o ano passado eram 15. A nova estratégia de inovação do Ministério da Ciên­cia, publicada em maio, ressalta 11 áreas. Israel, com foco em nove temas, foi além na tentativa de garantir a eficácia dos investimentos. Criou a figura do cientista-chefe no começo da década de 70. O cargo está vinculado ao Ministério da Fazenda, e não ao da Ciência.

Assim torna-se possível manter uma forte conexão entre os resultados econômicos e as pesquisas que serão feitas. Atualmente, Israel tem a segunda maior concentração de startups per capita do mundo, atrás apenas do Vale do Silício, na Califórnia.

Um dos filhotes mais célebres desse ambiente favorável é a empresa que presta serviços de mapas colaborativos Waze, adquirida pelo Google em 2013 por mais de 1 bilhão de dólares, criada por três jovens israelenses cinco anos antes. A incapacidade da economia brasileira de incentivar a inovação produtiva — a que gera empregos e cria empresas mais fortes e lucrativas — resulta numa distorção básica.

Ao contrário do que acontece em nações reconhecidamente inovadoras, grande parte dos pesquisadores brasileiros não trabalha em empresas. A esmagadora maioria — 68% — está empregada em universidades. Apenas 26% estão no setor privado e outros 6% em instituições de pesquisa. Em paí­ses como Estados Unidos, Alemanha e Japão, bem mais da metade desses cérebros está nas companhias.

E o setor privado aqui tem diminuído sua participação. “A inovação é um investimento de risco que, em geral, demora para trazer resultados, mesmo que excepcionais. Mas grande parte dos empresários brasileiros prefere fazer investimentos mais seguros e com retorno em curto prazo”, afirma o consultor Valter Pieracciani, que ajuda empresas como Ambev e Nestlé a introduzir processos de inovação.

A pulverização dos esforços torna-se clara em outra estatística. No Brasil há 4 857 laboratórios de pesquisa em 185 universidades, de acordo com o primeiro levantamento desse tipo, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em julho de 2015. Mas 90% dessas instituições empregam, em média, somente quatro pesquisadores.

A maioria é controlada pelo Estado e não tem autonomia nem para contratar nem para demitir os pesquisadores. Além disso, o lucro que eventualmente geram é repassado à União. Algumas tentativas de driblar essas amarras nunca avançaram. Há quase 20 anos criou-se uma figura jurídica que permite celeridade na administração pública: as organizações sociais.

Nesse modelo, as contratações seguem o regime CLT e o lucro obtido, caso prestem serviços, pode ser reinvestido diretamente na organização, que recebe verbas públicas para suas atividades e tem metas quantitativas de desempenho revisadas anualmente. No entanto, ainda hoje existem pouquíssimas organizações sociais.

Dos 20 institutos de pesquisa cadastrados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, somente seis operam dessa maneira. O CNPEM é um exemplo. O Instituto de Matemática Pura e Aplicada ­(Impa), outro.

Não fosse essa “liberdade”, o instituto não teria como contratar o pesquisador Artur Ávila, primeiro latino-americano e lusófono a receber a medalha Fields, equivalente a um Prêmio Nobel no campo da matemática. Ávila trabalha no Impa durante seis meses e, na outra metade do ano, em um instituto na França.

Não é coincidência que nenhuma das quatro instituições de pesquisa brasileiras listadas entre as 100 melhores do mundo seja uma autarquia.

São elas: a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O ranking leva em conta, principalmente, a quantidade de publicações científicas por ano de cada entidade.

Vocação

Existem tentativas de driblar alguns desses entraves. Um exemplo é a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), criada em 2013. Seu objetivo é ajudar os institutos de pesquisa e os laboratórios brasileiros de universidades a escolher uma vocação, de acordo com a melhor especialidade de cada um deles.

Nos seus três primeiros anos de funcionamento, a Embrapii conseguiu cadastrar 17 institutos dessa forma. Cada um deles tem 16 metas mensais, como prospecção de clientes, participação em eventos e taxa mínima de sucesso de projeto.

Mantida com recursos dos ministérios da Educação e da Ciência, a Embrapii banca um terço do valor dos projetos — o restante é negociado entre cada instituição de pesquisa e seus clientes. Até agora, para cobrir um terço das despesas de 60 projetos, a Embrapii investiu 54 milhões de reais.

“Nossa meta de longo prazo é cadastrar 1 000 institutos de pesquisa na próxima década”, diz Jorge Almeida Guimarães, presidente da Embrapii. Um dos projetos em andamento envolve o centenário Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), vinculado à Universidade de São Paulo (USP), e credenciado na Embrapii como especialista em alto desempenho de materiais.

Uma aliança entre quatro empresas — Natura, Boticário, Theraskin e Yamá — contratou o IPT para desenvolver uma tecnologia capaz de encapsular partículas em escala microscópica. O projeto custou o total de 2,3 milhões de reais. Dividido em seis partes, o risco da inovação diminuiu consideravelmente para as companhias envolvidas. 

No Brasil, as empresas dispostas a investir em inovação ainda têm de encarar o tradicional embate entre empresa e academia, sobretudo quando se trata da divisão de autoria e dos lucros, fruto em grande parte da falta de prática nessa relação. Considerado um dos laboratórios farmacêuticos mais inovadores do país, o Cristália encontrou uma maneira para dirimir conflitos nessa frente.

O fundador e presidente da companhia, Ogari Pacheco, enfrentou várias dificuldades ao começar a fazer parcerias com universidades. “Ainda existe esse ranço em muitos lugares no país: o empresário acha os pesquisadores de universidades muito sonhadores, e os acadêmicos demonizam o empresário por buscar o lucro”, diz. Para mediar a relação, Pacheco montou um comitê científico em 2004.

O conselho se reúne uma vez por mês para analisar propostas de pesquisadores de vários lugares do Brasil e do mundo. Hoje há 50 parcerias já fechadas que ajudam a reforçar o reconhecimento da companhia como maior produtora de anestésicos da América Latina. Outro bom exemplo em construir confiança entre instituições vem da Embraco, maior fabricante mundial de compressores.

Dona de uma das parcerias com universidade mais tradicionais no país, a empresa criou um vínculo umbilical com a Universidade Federal de Santa Catarina. Desde os anos 80, a Embraco mantém um laboratório dentro da universidade, responsável pela criação do primeiro compressor com tecnologia nacional, vendido para os cinco continentes.

Atualmente, a Embraco desenvolve mais de 70 projetos em conjunto com 200 especialistas da universidade, entre alunos e professores — o mais promissor deles está orçado em 25 milhões de reais e é sigiloso. “Seja em ano bom, seja em ano ruim em termos de resultados financeiros, sempre mantivemos os investimentos na parceria”, diz Evandro Gon, diretor de inovação da Embraco.

“Desenvolver uma relação umbilical quebrou algumas das resistências dos pesquisadores em se dedicar aos nossos projetos.” Uma política econômica protecionista também não favorece a inovação brasileira. Como alguns dos empreendedores mais bem-sucedidos nessa frente sabem, a competição global é um estimulante natural para a inovação.

O caso da catarinense WEG, uma das maiores fabricantes de motores elétricos do mundo, com mais de 100 patentes obtidas apenas na última década, ilustra bem essa premissa. Numa visita à Alemanha em 1970, os fundadores da companhia perceberam que só existiam dois tipos de empresa nesse segmento: as grandes e dominantes; e as nanicas, fadadas a desaparecer.

Para ampliar a chance de fazer parte do primeiro grupo, decidiram que seria preciso exportar. Não só para incrementar a receita mas também para forçar o desenvolvimento de produtos competitivos globalmente. O primeiro embarque de motores, para o Uruguai, ocorreu no mesmo ano, quando a empresa tinha menos de uma década de existência.

Atualmente, a WEG detém 14% desse segmento no mercado americano e vive o período de expansão internacional mais intenso de sua história. Foram 20 aquisições no exterior desde 2010. A lógica por trás das compras tem sido ampliar o portfólio, entrar em novos mercados e adquirir tecnologia.

“A exposição ao mercado global tem sido fundamental para manter a competitividade da companhia”, afirma Harry ­Schmelzer Jr., presidente da WEG.

“Os países bem-sucedidos foram os que se engajaram no comércio exterior e aprofundaram sua integração com o restante do mundo”, afirmam os economistas Fabio Giambiagi e Alexandre Schwartsman no livro Complacência — Entenda Por Que o Brasil Cresce Menos do Que Pode. Não há uma única medida capaz de solucionar todas as questões que ainda impedem o país de avançar nessa frente.

“As nações se engajam em trocas porque ganham ao se especializar em vez de tentar produzir tudo domesticamente.” Por enquanto, essa é uma batalha que, no Brasil, foi vencida por alguns empreendedores resilientes. E, infelizmente, é um grupo que ainda está longe de ser a regra.

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