Protesto de aposentados gregos: desde a crise de 2008, os benefícios estão menores (Alkis Konstantinidis/Exame)
Flávia Furlan
Publicado em 28 de julho de 2017 às 06h00.
Última atualização em 28 de julho de 2017 às 06h00.
São Paulo – A Grécia costuma ser uma referência negativa quando o tema é a previdência social. Os gregos, com uma das maiores proporções de idosos na população entre os países europeus, mantiveram benefícios generosos aos aposentados por décadas. Até que, em 2008, após a crise mundial, o país passou a fazer um ajuste fiscal que já levou a seis reformas previdenciárias e à redução do valor das aposentadorias.
É um possível destino para o Brasil? Um estudo do economista Pedro Nery, consultor do Senado, mostra que o Brasil vai demorar 25 anos para atingir a proporção grega de 3,2 pessoas no mercado de trabalho para cada aposentado (hoje estamos em 7 x 1). Mas o Brasil já tem um nível de gasto previdenciário em relação ao produto interno bruto próximo ao grego no início da crise e sustenta um sistema mais generoso. “O Brasil precisa de uma reforma para escapar do cenário grego”, diz Nery.