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Ele viu a receita da empresa cair 64% em um mês, mas recuperou tudo com essa estratégia

A pandemia levou a Motim a criar um plano para conquistar a clientela e crescer com ela

Silas Colombo, fundador da Motim: ideia era gerar receita quanto antes para as ­startups (Motim/Divulgação)

Silas Colombo, fundador da Motim: ideia era gerar receita quanto antes para as ­startups (Motim/Divulgação)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 20 de março de 2025 às 06h00.

Última atualização em 20 de março de 2025 às 07h56.

Com a crise batendo à porta, a Motim teve que ser ágil para garantir que nenhum de seus clientes quebrasse o contrato durante a pandemia.

Fundada pelo jornalista Silas Colombo em 2016, a agência de comunicação trabalhava com startups, muitas vezes inexperientes em relações públicas, para que pudessem se destacar no mercado. “Percebi que muitas tinham dificuldade de contar a própria história”, diz o fundador.

A Motim crescia de forma saudável ano a ano, mas a covid-19 virou a empresa do avesso. A crise gerou uma queda de 64% na receita entre março e abril de 2020, com muitos clientes cancelando contratos devido à incerteza.

Para sobreviver com os clientes que sobraram, a Motim priorizou resultados de impacto imediato: ofereceu conteúdos adaptados conforme o estilo de cobertura de cada jornalista para ter o cliente divulgado na imprensa com mais facilidade.

A ideia era gerar receita quanto antes para as ­startups, pequenas e também com risco de fechar as portas, e, assim, manter os contratos ativos. “Tínhamos uma carteira sólida, mas ninguém sabia o que viria no futuro”, afirma Colombo.

No fim de 2020, a Motim não apenas recuperou a receita perdida, mas cresceu 127% em relação ao começo do ano — e passou a se autodeclarar uma “aceleradora de reputação”.

De lá para cá, a agência priorizou mais do que nunca a coleta de dados para as tomadas de decisões. Ela conta com uma equipe dedicada a identificar padrões no comportamento das campanhas, como, por exemplo, quando a estratégia chega ao platô e precisa ser revisada. Também passou a ter as próprias ferramentas de previsão de receita. “Conseguimos fazer projeções mais assertivas”, afirma Colombo. Os dados dão segurança para um 2025 sem surpresas, enquanto as boas histórias mantêm as luzes acesas.

Especial 'SOS finanças'

As histórias nesta seção ilustram exatamente como a gestão do fluxo de caixa pode ser decisiva para a continuidade de um negócio. Empreendedores que enfrentaram momentos críticos, mas conseguiram se recuperar. Essas histórias não só destacam o poder de um planejamento financeiro assertivo, mas também demonstram que a capacidade de se adaptar é o que separa os vencedores dos que ficam pelo caminho.

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