Pablo Farias, fundador da Loucos por Coxinha: empresa faturou 69 milhões de reais em 2024 (Loucos por Coxinha/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 20 de março de 2025 às 06h00.
Última atualização em 20 de março de 2025 às 07h51.
A rede potiguar Loucos por Coxinha investiu na verticalização para que seus franqueados nunca dependessem de terceiros. Os sócios Pablo Farias e Vitor Dantas começaram a empresa no aperto, e sabiam que precisavam diminuir a imprevisibilidade para crescer.
“Conseguimos controlar toda a cadeia de produção, o que nos permite ter uma operação mais eficiente e sustentável”, afirma Farias.
A dupla começou em 2014 com um carrinho de coxinhas, conquistado depois de vender o próprio carro. Na época, o país vivia uma crise política, a taxa de juros estava acima de 10% e a inflação era de dois dígitos. “Era impossível um negócio como aquele sobreviver sem contar cada centavo”, diz Farias.
O rigor com as finanças foi crucial para que, em dois anos, a empresa conseguisse seu primeiro crédito bancário em 2016. “As empresas normalmente buscam os bancos quando estão mal. Nós procuramos com a casa arrumada, apesar de pequena”, afirma o fundador.
Esse acesso ao crédito foi fundamental para a construção da fábrica própria, acelerando a produção e distribuição pelo Nordeste. Hoje, a empresa conta com oito caminhões refrigerados, responsáveis pela distribuição dos produtos congelados em todo o Brasil.
Em vez de investir em lojas próprias, a Loucos por Coxinha passou a contar com o aporte dos franqueados, que investem no negócio para abrir novas unidades. Hoje, a marca conta com mais de 100 lojas em operação. Costumam ser quiosques ou contêineres e têm baixo custo inicial, a partir de 110.000 reais.
Onze anos depois de abrir a primeira loja, a Loucos por Coxinha se prepara para um novo cenário econômico desafiador. Para driblar a crescente alta taxa de juros, a estratégia da empresa envolve abrir novas lojas nas rotas de seus caminhões, aproveitando a rede de distribuição já estabelecida.
“Queremos usar o que já temos para abrir mais unidades e continuar crescendo de forma eficiente”, diz o fundador. Depois de faturar 85,3 milhões de reais em 2024, a empresa espera manter o ritmo acelerado em 2025.
As histórias nesta seção ilustram exatamente como a gestão do fluxo de caixa pode ser decisiva para a continuidade de um negócio. Empreendedores que enfrentaram momentos críticos, mas conseguiram se recuperar. Essas histórias não só destacam o poder de um planejamento financeiro assertivo, mas também demonstram que a capacidade de se adaptar é o que separa os vencedores dos que ficam pelo caminho.
CONTINUE LENDO: