Revista Exame

Dados & Ideias | O remédio será prevenir

Estimativa da ONU aponta que o número de pessoas com mais de 60 anos será de 2,1 bilhões até 2050. Logo, os gastos com saúde terão salto

Remédios: consultoria americana Strategy&, subsidiária da PwC, fez uma previsão de que no mundo os gastos com saúde terão um aumento de 42% até 2030 (Marcelo Corrêa/Exame)

Remédios: consultoria americana Strategy&, subsidiária da PwC, fez uma previsão de que no mundo os gastos com saúde terão um aumento de 42% até 2030 (Marcelo Corrêa/Exame)

AJ

André Jankavski

Publicado em 10 de outubro de 2019 às 05h18.

Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 10h53.

SAÚDE

Em breve, o mundo vai ser idoso. Uma estimativa da Organização das Nações Unidas aponta que o número de pessoas com mais de 60 anos passará dos atuais 960 milhões para 2,1 bilhões até 2050. Logo, os gastos com saúde — que essa parte da população demanda em maior escala — crescerão aceleradamente ano a ano. A consultoria americana Strategy&, subsidiária da PwC, fez uma previsão de que no mundo os gastos com saúde terão um aumento de 42% até 2030, chegando a 15 trilhões de dólares. E os gastos devem consolidar uma tendência: a prevenção será cada vez mais protagonista.

Dos 750 bilhões de dólares atualmente investidos em iniciativas ou tecnologias para prevenir ou postergar doenças, a conta subirá para 3,5 trilhões de dólares em 12 anos, segundo a Strategy&. “Com o envelhecimento da população, as ações de prevenção serão fundamentais para conter os custos da inflação médica”, diz Eliane Kihara, sócia da PwC. Para este ano, de acordo com um estudo da seguradora britânica Aon, o aumento de custos para o consumidor será, em média, de 7,8% globalmente e de 17% no Brasil.

A tecnologia vai ser a principal frente para reduzir esses valores e ajudar em ações como o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo uma doença é descoberta, mais efetivo e barato se torna o tratamento. O alcance desse objetivo, de acordo com a consultoria, virá de ferramentas como a análise de dados e a inteligência artificial, além da popularização de outras ferramentas digitais, como aplicativos que acompanharão a saúde dos usuários por meio de dispositivos inteligentes, como relógios, celulares e monitores. 


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Apesar de os investidores afirmarem estar preocupados com temas ligados à sustentabilidade, são poucos os que aplicam recursos financeiros em ativos que levam o conceito a sério. Uma pesquisa da gestora inglesa Schroders, com 25.000 investidores pessoa física no mundo, mostra que 32% deles gostariam de investir de forma sustentável. Na hora de colocar o dinheiro, porém, apenas 16% seguem essa diretriz. A prioridade é outra: ter lucro. No Brasil, a lacuna é maior. Enquanto 72% dizem levar a sustentabilidade em conta na hora de investir, 23% a veem como prioridade. Realizado em 32 países, o estudo também mostra que os poupadores da geração X (nascidos de 1967 a 1984) são mais preocupados socioambientalmente do que os millennials, que têm de 22 a 34 anos.

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