Anéis de Poder: o mundo entra em trevas nas mãos de Sauron (Divulgação/Prime Video)
Publicado em 22 de agosto de 2024 às 06h00.
O mundo começou a arder em cinzas e o mal renasceu na Terra-Média para o segundo ano de O Senhor dos Anéis: Anéis de Poder, série do Prime Video com base na obra de J. R. R. Tolkien. Na primeira temporada, o público reconheceu os personagens e o universo criado pelo autor, que se passa 200 anos antes dos eventos de O Senhor dos Anéis. Agora, é hora de entrar de cabeça no poder dos anéis, que vão ditar o futuro da Terra-Média diante dos planos malignos de -Sauron (Charlie Vickers).
“Era nosso objetivo desde o começo que essa série tivesse um vasto elenco e que contivesse a amplitude da Terra-Média”, explica John D. -Payne, showrunner da produção, em entrevista à EXAME Casual. “Agora, a ideia central é ver o plano de Sauron. Ele vai tentar seduzir tudo e todos para criar os anéis que lhe permitirão conquistar o mundo. Acho que representa toda a alegria de retornar, mas para uma experiência diferente desta vez. Há também um processo misterioso que criamos em cada um dos personagens, agora com mais espaço para ser explorados nas entrelinhas.”
Disponível no final de agosto no streaming, o grande destaque para que a história continue e que o enredo se sustente na segunda temporada está apoiado nas costas de Vickers. É dele a responsabilidade de manter Sauron como um feiticeiro interessante, charmoso e, ao mesmo tempo, capaz de mergulhar o universo nas trevas.
“Tivemos muita sorte de ver em Vickers esse personagem sedutor, que era algo de que precisávamos para a interpretação do Sauron. Há uma nova história a ser contada, o tom mudou, está mais profundo, e precisávamos neste segundo ano de um ator que fosse adaptável”, complementa Patrick McKay, co-showrunner da série.
Nem só de maldade e trevas vive Anéis de Poder. O segundo ano da série dá ênfase também àqueles que lutam para manter a Terra-Média em harmonia, caso dos elfos, que ganham ainda mais destaque nos novos episódios. Em posse de parte dos anéis, serão eles que vão conectar as tramas de outras raças daquele universo, como os anões, halflings e humanos.
“Uma das maiores alegrias de interpretar esses personagens é que você pode ser uma tela em branco para alguém pintar”, explica Benjamin Walker, que interpreta o rei elfo Gil Galad. “Sinto que fazer parte disso, deixar que McKay e Payne pincelem esse personagem que tem um grande poder em mãos, mas nem sempre consegue enxergar o melhor caminho para sua própria raça e para os outros que vivem na Terra-Média, vai ser importante para costurar toda essa história que é tão vasta e tão cheia de ramificações”, completa.
O Senhor dos Anéis: Anéis de Poder é considerada a série mais cara já produzida para o streaming, com orçamento de 715 milhões de dólares somente para a primeira temporada. Assim como no primeiro ano, a produção caminha com base na história do livro O Silmarillion, um relato da primeira e segunda Eras da Terra-Média, universo criado por J. R. R. Tolkien. Parte do elenco passou pelo Brasil no início de agosto, em São Paulo, para o pré-lançamento do primeiro episódio da segunda temporada.
O SENHOR DOS ANÉIS: Anéis de Poder (2a teporada) | 29 de agosto no Prime Video | Com Morfydd Clark, Charlie Vickers, Robert Aramayo, Benjamin Walker, Markella Kavenagh, Ismael Cruz Córdova, Owain Arthur e outros.
Exposição
As residências de Tomie Ohtake e Chu Ming Silveira são abertas para mostras de arte e arquitetura | Júlia Storch
As artistas e designers Tomie Ohtake e Chu Ming Silveira tinham mais semelhanças do que se pode imaginar. Estrangeiras asiáticas em São Paulo, Ohtake se mudou do Japão para o Brasil em 1936, enquanto Silveira emigrou da China 15 anos mais tarde. Por aqui, Ohtake criou inúmeras obras de arte que hoje estão espalhadas por prédios, o Auditório do Ibirapuera, diversas avenidas de São Paulo e o próprio instituto que abriga exposições, cursos e a memória da artista. Já Silveira, além de seu trabalho como arquiteta, projetou uma peça conhecida por quase todos os brasileiros em uma época pré-telefones celulares: o orelhão. Na zona sul de São Paulo, ambas viveram em casas brutalistas da década de 1970.
Agora, por meio da terceira edição da plataforma de exposição Aberto, esses espaços estarão disponíveis para visitação até 15 de setembro. “Estamos empolgados em revelar as histórias notáveis dessas mulheres extraordinárias e seu profundo impacto na arte, arquitetura e design brasileiros. A mostra não apenas celebra suas contribuições artísticas e arquitetônicas mas também suas perspectivas imigrantes que moldaram o movimento modernista brasileiro”, diz Filipe Assis, empreendedor de arte e fundador da Aberto.
A residência projetada por Silveira se destaca pela estrutura de concreto e vidro e distinta do estilo arquitetônico convencional. Foi projetada para melhorar a convivência e priorizar a funcionalidade, destinada a ser experimentada, e não apenas observada. A casa também recebe uma seleção de trabalhos de Wanda Pimentel, Abraham Palatinik, Anna Maria Maiolino, Kishio Suga, Lucio Fontana, Maria Martins, Sheila Hicks e Anish Kapoor. Na casa onde passou a infância, Alan Chu, filho mais novo de Silveira, apresenta suas criações de mobiliários.
Já a residência de Tomie foi projetada por seu filho Ruy Ohtake. A casa-ateliê de 750 metros quadrados foi um dos primeiros grandes projetos de Ruy. Em homenagem a Tomie, Paulo Miyada, curador do Instituto Tomie Ohtake, apresenta uma exposição sobre a vida e a obra da artista, que inclui itens pessoais, material de arquivo e obras de arte. Rodrigo Ohtake, neto de Tomie, também apresenta uma edição especial limitada de peças de design editadas pela Galeria Etel. Essa coleção conta com duas peças de Ruy e duas criações originais do próprio Rodrigo.
ABERTO3 | Até 15 de setembro
Residência de Chu Ming Silveira | Rua República Dominicana, 327, Real Parque, São Paulo
A Casa Ateliê de Tomie Ohtake | Rua Antonio de Macedo Soares, 1.800, Campo Belo, São Paulo
De quarta-feira a domingo, das 10 às 18 horas (última entrada às 17 horas). De quarta a sexta-feira, de 30 reais (meia) a 60 reais (inteira). Aos Sábados e domingos, de 40 reais (meia) a 80 reais (inteira)
Filme
Da janela do seu apartamento em Copacabana, durante dois anos, Vitória da Paz filmou o tráfico de drogas no bairro carioca. As imagens captadas pela senhora de 80 anos serviram para uma reportagem investigativa que desmontou uma quadrilha de traficantes e policiais. Agora, Fernanda Montenegro interpreta Vitória no filme homônimo inspirado na obra literária Dona Vitória da Paz. Com direção de Andrucha Waddington.
Vitória | Com Fernanda Montenegro e Linn da Quebrada | Nos cinemas
Livro
Depois de publicar best-sellers como Sapiens, Homo Deus e 21 lições para o século 21, Yuval Noah Harari apresenta Nexus. Na publicação, o escritor e professor israelense apresenta como o fluxo de informações moldou a sociedade e o mundo. A narrativa se inicia na Idade da Pedra e atravessa a canonização da Bíblia, a caça às bruxas moderna, o stalinismo, o nazismo e o ressurgimento do populismo hoje.
Mostra
O Masp apresenta mais de 300 obras de Leonilson em mostra sobre a produção de seus últimos anos | Julia Storch
Até 17 de novembro, o primeiro andar do Masp recebe mais de 300 trabalhos entre pinturas, desenhos, bordados e instalações de Leonilson na mostra Leonilson: Agora e as Oportunidades. A exposição apresenta uma seleção dos últimos cinco anos de vida do artista, entre 1989 e 1993, período considerado o mais rico e complexo, que ficou conhecido como Leonilson Tardio.
Embora seja um ícone da chamada Geração 80 no Brasil, suas obras mais icônicas foram produzidas no final da década de 1980 e início de 1990. Durante seus últimos anos de vida, ele desenvolveu um trabalho mais poético com desenhos, objetos e bordados. Como uma espécie de diário, o artista fazia referências íntimas e cotidianas a temas como o amor, os amantes, a sexualidade, as minorias e a aids. Ele descobriu ser HIV positivo em 1991.
A mostra é dividida cronologicamente em cinco salas no 1o andar do museu, cada uma dedicada a um desses últimos anos de trabalho. No mezanino, estão as ilustrações feitas para a coluna de comportamento Talk of The Town — O Ti-ti-ti da Cidade, de Barbara Gancia no jornal Folha de S.Paulo. “Leonilson é um artista tanto central quanto marginal na história da arte brasileira”, diz Adriano Pedrosa, diretor artístico do Masp. “Central, porque é autor de uma obra absolutamente incontornável no final do século 20, reconhecido em incontáveis exposições, livros e mesmo em tatuagens. Mas ele é também marginal, pois, com uma obra tão singular, não se encaixa facilmente nos movimentos e gerações da história da arte brasileira. Sobretudo, Leonilson é marginal porque, no final dos anos 1980 no Brasil, era um homem gay e, a partir de meados de 1991, passou a viver com HIV, o que suscitava preconceitos e discriminações na época.”
Leonilson: agora e as oportunidades | Até 17 de novembro | MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, Avenida Paulista, 1.578, Bela Vista
...em Toronto (Canadá)
Considerada a melhor loja independente de canetas e artigos de papelaria de Toronto, a Wonder Pens foi inaugurada há mais de uma década pelo casal Jon e Liz Chan. Eles oferecem todos os tipos de canetas-tinteiro, tintas, lápis, artigos de papelaria, cadernos e bloquinhos na loja que também tem um gato como staff.
...em Buenos Aires (Argentina)
Agendas, cadernos, livros, lápis, canetas, quebra-cabeças e quadros são encontrados nas cinco lojas que a papelaria Monoblock têm em Buenos Aires. A marca vende também uma infinidade de produções criadas por artistas sul-americanos, como quadros e objetos estampados.
...em Tóquio (Japão)
Inaugurada no bairro de Sendagaya, em Tóquio, a Think of Things está situada em um prédio de três andares com um café, um jardim arborizado e um espaço de estúdio. A ideia da loja é ter itens que devem ser úteis tanto para o trabalho quanto para a vida pessoal, como artigos de papelaria selecionados, móveis, entre outros produtos.
Carolina Gehlen