Miolo: uma das maiores vinícolas do país, produz o Almadén e a Seival na região da Campanha Gaúcha. (Almadén/Divulgação)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 26 de dezembro de 2023 às 16h57.
“Os vinhos são como a música: muitos cantam bem, mas os grandes cantores têm algo a mais.” Essa frase foi dita em entrevista à Casual EXAME por Pedro Parra, uma das maiores autoridades no mundo em terroir. É o que acontece em localidades como Champagne, na França, ou Jerez, na Espanha, em que clima, solo e a mão do homem precisam estar afinados para a música soar excepcional. No Brasil, a experiência mais conhecida é a Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, com espumantes premiados. A região conquistou no ano passado a primeira Denominação de Origem, em Pinto Bandeira, para vinhos borbulhantes fora da Europa.
O destaque do momento, no entanto, está a poucos quilômetros dali, na Campanha Gaúcha, na fronteira com o Uruguai e a Argentina. Com um solo mais arenoso e com boa drenagem, o local possui esse “algo a mais”. Em 2020 passou a ter Indicação Geográfica, que atesta e garante ao consumidor um patamar mais elevado na qualidade dos vinhos. A Miolo, uma das maiores vinícolas do país, tem duas iniciativas por lá: a Almadén (com produção anual de 4 milhões de litros) e a Seival (com 1,3 milhão de litros). Neste ano, o grupo teve dois destaques de lançamentos, um Malbec com paladar semelhante aos potentes argentinos, e um Trebbiano, um vinho branco leve que lembra os Vinhos Verdes de Portugal, propício para o verão.