Obra do metrô em Lima, no Peru: a corrupção abalou a previsão do PIB (Foto/Divulgação)
Filipe Serrano
Publicado em 12 de julho de 2017 às 18h55.
Última atualização em 12 de julho de 2017 às 18h55.
São Paulo – A economia peruana tem sido um caso à parte em meio à depressão latino-americana. Desde 2000, o PIB do país cresce em média 5,25% ao ano, uma das maiores taxas da região. No entanto, em 2017 o Peru foi abalado por dois choques. Um deles foi a sequência de chuvas e inundações que atingiram o país em março, deixando uma centena de mortos e 170 000 desabrigados.
O segundo choque foi o escândalo de corrupção da Odebrecht, que paralisou as maiores obras de infraestrutura do país, como a construção de um gasoduto de 1 134 quilômetros. Por causa disso, o FMI diminuiu a estimativa de crescimento em 2017 para 2,7%, quase 1 ponto percentual a menos que a previsão anterior. Além do caso Odebrecht, outros escândalos vêm abalando o governo do presidente Pedro Pablo Kuczynski.
Em junho, Alfredo Thorne, ministro da Economia e Finanças, perdeu o cargo depois da divulgação de um áudio no qual ele pedia ao controlador-geral da República a liberação da obra de um aeroporto em troca de um aumento das verbas para o órgão.