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Cinebiografia de Dick Cheney, Família Soprano e longa cotado para o Oscar

Personagens à margem da lei nas telas e nas páginas — e de quebra a cinebiografia do ex-vice-presidente americano Dick Cheney

Christian Bale está irretocável como Cheney

Christian Bale está irretocável como Cheney

DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 05h00.

Última atualização em 17 de janeiro de 2019 às 05h00.

FILME

Coadjuvante do poder

Em tempos de polarização, o filme Vice — cinebiografia de Dick Cheney, vice-presidente dos Estados Unidos nos mandatos de George W. Bush — foi alvo de fogo cruzado. A mídia americana teve reações de amor e ódio. De um lado, aplausos por humanizar alguém que teve influência em três governos republicanos (Nixon, Ford e W. Bush). De outro, acusações de que o longa suaviza um crápula. Christian Bale está irretocável como Cheney e venceu o Golden Globe de melhor ator, curiosamente na categoria musical ou comédia, enquanto o prêmio de drama ficou com Rami Malek, o Freddie Mercury em Bohemian Rhapsody. No Oscar, se confirmadas as indicações, os dois devem competir.

Vice | Direção de Adam McKay | Estreia em 31/1


FILME

Cotidiano sensível

Como em seu trabalho anterior, Moonlight: Sob a Luz do Luar (vencedor de três Oscar em 2017, incluindo o de melhor filme), o diretor Barry Jenkins apresenta um drama sensível da comunidade afro-americana em Se a Rua Beale Falasse. É cotado para o Oscar e já venceu um Golden Globe (de melhor atriz coadjuvante para Regina King). O roteiro é baseado em uma obra de um gigante da literatura do século 20, James Baldwin, um batalhador pelos direitos civis. A história fala de dois amigos de infância que começam a namorar na vida adulta, até que o homem é acusado de um crime. O livro homônimo foi publicado em 1974. Agora a Companhia das Letras lança a edição brasileira (R$ 49,90).

Se a Rua Beale Falasse | Direção de Barry Jenkins | Estreia em 24/1


SÉRIE

Retorno à forma

O seriado True Detective foi muito celebrado em sua primeira temporada, em 2014, e destruído pela crítica e por fãs na segunda, em 2015. A produção entrou em pausa para se reorganizar. Foi bom. A terceira temporada chega avaliada como um retorno à boa forma inicial. Um novo par de detetives assume a trama, com Mahershala Ali (Oscar de melhor ator coadjuvante em 2017 por Moonlight) como protagonista e Stephen Dorff como parceiro de investigações. Serão oito episódios semanais. A estreia no Brasil, com a exibição dos dois primeiros, foi no dia 14 de janeiro, no canal por assinatura HBO e na plataforma de streaming HBO Go.

True Detective (3a temporada) | HBO (TV) e HBO Go (streaming) | 8 episódios em janeiro e fevereiro


LIVRO

Aula de entretenimento

Se existe um marco zero para o atual prestígio dos seriados de TV é A Família Soprano, sobre mafiosos de Nova Jersey. Desde sua estreia, em janeiro de 1999, na HBO americana, abriu espaço para tramas mais inteligentes e fotografias cinematográficas. E estimulou a mania por séries, que evoluiu até as atuais maratonas no streaming. Em comemoração ao 20o aniversário, sai nos Estados Unidos o livro The Sopranos Sessions, dos críticos Matt Zoller Seitz e Alan Sepinwall. Eles dissecam episódios e entrevistam o criador, David Chase — que, num ato falho, revela o destino que deu ao personagem Tony Soprano, que o episódio final deixou no ar.

The Sopranos SessionsDe Matt Zoller Seitz e Alan Sepinwall | US$ 30 (Amazon.com)

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