Assembleia da ONU: favela e floresta são prioridade para um desenvolvimento sustentável (Leandro Fonseca/Exame)
Lucas Amorim
Publicado em 13 de outubro de 2022 às 06h00.
Revistas mensais viabilizam análises densas sobre temas do dia a dia e nos permitem jogar luz sobre pautas e personagens que podem passar despercebidos em meio à enxurrada de informações cotidianas. São, também, um documento da história. Mas o calendário às vezes nos prega uma peça.
Esta edição da EXAME vai às bancas e chega a seus assinantes entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais. Um timing difícil caso quiséssemos embarcar na canoa do vaivém eleitoral. Mas, nas eleições, focamos os mesmos temas que destacamos em nossos 55 anos de história. São pautas que passam além dos ataques, dos bate-bocas, da estridência das campanhas. E que miram um país mais produtivo, mais dinâmico, mais leve, mais inclusivo.
Nas últimas semanas, a redação da EXAME se dedicou a cobrir o processo eleitoral com seu olhar único. Apenas no domingo, 2 de outubro, 6 milhões de brasileiros acompanharam pela EXAME os resultados das urnas e suas interpretações. Um recorde em nossa história.
Esta edição complementa e aprofunda o que levamos todos os dias para nossos leitores e espectadores. De Nova York, os jornalistas Rodrigo Caetano e Marina Filippe e o editor de fotos Leandro Fonseca mostram uma Assembleia das Nações Unidas diversa como nunca. E como uma semana de debates e reuniões reforçou a relevância de o Brasil focar a floresta e a favela como gatilhos para um desenvolvimento sustentável.
Em entrevista exclusiva, Michael Bloomberg defende um pacto para enfrentar os desafios que inclua os mais afetados pelas mudanças climáticas e pelas externalidades da transição econômica. A pauta é global, mas em nenhum outro lugar encontra tanta relevância quanto no Brasil.
Esta edição traz também histórias de um mercado em que o Brasil está na linha de frente da inovação global: o imobiliário. Uma nova leva de empreendedores está ampliando as possibilidades do setor ao fazer da casa um ponto de contato entre os consumidores e uma infinidade de empresas de produtos e serviços.
A moradia virou um canal de vendas e de relacionamento, como mostram as reportagens das jornalistas Graziella Valenti, Karla Mamona e Marília Almeida. Poucos outros países reúnem escala, investimentos e abertura para novidades como o Brasil nessa frente. Nos últimos anos, uma melhora gradativa nas condições de crédito ajudou a impulsionar as mudanças. Melhorar as condições macroeconômicas e impulsionar as pautas de inclusão e de sustentabilidade: eis uma combinação promissora para o Brasil pós-eleições.