Maurizio Calcopietro, da COREangels Atlantic: postergar a internacionalização é mais difícil e mais caro (COREangels /Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 18 de junho de 2024 às 06h00.
O italiano Maurizio Calcopietro chegou ao Brasil na década de 1990 e por anos foi a cabeça por trás da área de tecnologia da Ferrero Rocher no país e na Argentina. Do mundo corporativo, migrou para o investimento-anjo. Primeiro, por aqui, e nos últimos cinco anos, em Portugal. É de lá que lidera o COREangels Atlantic, fundo de investimento-anjo focado em startups brasileiras que desejam entrar na Europa. Até aqui, o veículo aportou 1,6 milhão de euros em sete startups, com cheques, em média, de 150.000 euros. Abaixo, dicas para quem procura percorrer essa jornada.Qual é o perfil das startups que o fundo procura?
O requisito mínimo é que sejam startups na fase early stage, com pelo menos um ano de faturamento no Brasil e que tenham um produto global e digital. Além disso, essa startup precisa ter um plano concreto de internacionalização na Europa. Do nosso lado, ajudamos, além do capital, no soft landing, em parcerias, seja com advogado e contador, seja com nosso ecossistema. A ideia é que essa startup expanda o negócio para além de Portugal.
Qual é o perfil das startups que o fundo procura?
O requisito mínimo é que sejam startups na fase early stage, com pelo menos um ano de faturamento no Brasil e que tenham um produto global e digital. Além disso, essa startup precisa ter um plano concreto de internacionalização na Europa. Do nosso lado, ajudamos, além do capital, no soft landing, em parcerias, seja com advogado e contador, seja com nosso ecossistema. A ideia é que essa startup expanda o negócio para além de Portugal.
Quais são as dicas para quem está começando a olhar para fora?
Uma coisa importante é o timing. Como o Brasil tem, praticamente, dimensão continental, os fundadores postergam a decisão de internacionalizar porque, primeiro, priorizam a expansão no país. Por isso, queremos “evangelizar” os fundadores para que pensem a internacionalização no early stage e não percam o timing. Claro, é importante validar, mas quando se tem um produto global é bom já colocar um pé na Europa.
Qual é a importância de fazer esse movimento no early stage?
Fazer no early stage é mais fácil porque esse é um processo que demanda mudança cultural, conhecimento e também adaptação do produto ao mercado. Imagine fazer isso quando já recebeu uma série A ou B. Primeiro, nesse tempo, podem surgir concorrentes que já ocuparam o mercado. E, segundo, é mais difícil fazer uma mudança depois, além de ser mais caro.