Revista Exame

Não perca o timing de ir para fora, diz investidor internacional

Maurizio Calcopietro lidera o COREangels Atlantic, um fundo que investe em startups brasileiras interessadas em entrar na Europa, com cheques médios de 150.000 euros. Já investiram 1,6 milhão de euros em sete startups.

Maurizio Calcopietro, da COREangels Atlantic: postergar a internacionalização é mais difícil e mais caro (COREangels /Divulgação)

Maurizio Calcopietro, da COREangels Atlantic: postergar a internacionalização é mais difícil e mais caro (COREangels /Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 18 de junho de 2024 às 06h00.

O italiano Maurizio Calcopietro chegou ao Brasil na década de 1990 e por anos foi a cabeça por trás da área de tecnologia da Ferrero Rocher no país e na Argentina. Do mundo corporativo, migrou para o investimento-anjo. Primeiro, por aqui, e nos últimos cinco anos, em Portugal. É de lá que lidera o COREangels Atlantic, fundo de investimento-anjo focado em startups brasileiras que desejam entrar na Europa. Até aqui, o veículo aportou 1,6 milhão de euros em sete startups, com cheques, em média, de 150.000 euros. Abaixo, dicas para quem procura percorrer essa jornada.Qual é o perfil das startups que o fundo procura?

O requisito mínimo é que sejam startups na fase early stage, com pelo menos um ano de faturamento no Brasil e que tenham um produto global e digital. Além disso, essa startup precisa ter um plano concreto de internacionalização na Europa. Do nosso lado, ajudamos, além do capital, no soft landing, em parcerias, seja com advogado e contador, seja com nosso ecossistema. A ideia é que essa startup expanda o negócio para além de Portugal.

Qual é o perfil das startups que o fundo procura?

O requisito mínimo é que sejam startups na fase early stage, com pelo menos um ano de faturamento no Brasil e que tenham um produto global e digital. Além disso, essa startup precisa ter um plano concreto de internacionalização na Europa. Do nosso lado, ajudamos, além do capital, no soft landing, em parcerias, seja com advogado e contador, seja com nosso ecossistema. A ideia é que essa startup expanda o negócio para além de Portugal.

Quais são as dicas para quem está começando a olhar para fora?

Uma coisa importante é o timing. Como o Brasil tem, praticamente, dimensão continental, os fundadores postergam a decisão de internacionalizar porque, primeiro, priorizam a expansão no país. Por isso, queremos  “evangelizar” os fundadores para que pensem a internacionalização no early stage e não percam o timing. Claro, é importante validar, mas quando se tem um produto global é bom já colocar um pé na Europa.

Qual é a importância de fazer esse movimento no early stage?

Fazer no early stage é mais fácil porque esse é um processo que demanda mudança cultural, conhecimento e também adaptação do produto ao mercado. Imagine fazer isso quando já recebeu uma série A ou B. Primeiro, nesse tempo, podem surgir concorrentes que já ocuparam o mercado. E, segundo, é mais difícil fazer uma mudança depois, além de ser mais caro.


Acompanhe tudo sobre:1264

Mais de Revista Exame

Aprenda a receber convidados com muito estilo

"Conseguimos equilibrar sustentabilidade e preço", diz CEO da Riachuelo

Direto do forno: as novidades na cena gastronômica

A festa antes da festa: escolha os looks certos para o Réveillon