Miguel Setas, presidente da EDP: até o fim do ano, os contratos de energia solar deverão evitar a emissão de 300 toneladas de carbono (Germano Lüders/Exame)
André Jankavski
Publicado em 16 de novembro de 2017 às 05h44.
Última atualização em 2 de agosto de 2018 às 18h26.
O ano passado marcou a estreia da subsidiária brasileira da empresa portuguesa de energia EDP em dois mercados no país. O primeiro é o de transmissão, em que a companhia venceu um leilão de concessão de uma linha de 113 quilômetros no Espírito Santo. Neste ano, a EDP arrematou mais quatro lotes em leilão de novas linhas, somando 1.184 quilômetros — um negócio que deve exigir 3 bilhões de reais em investimentos. O segundo mercado em que a EDP começou a apostar por aqui é o de energia solar, que já virou a menina dos olhos de Miguel Setas, presidente da empresa no Brasil, tanto pelo potencial quanto pelas características de sustentabilidade. Não à toa, no fim de 2016, a companhia criou o braço EDP Solar, voltado para a eletricidade gerada por meio dessa fonte. “O Brasil tem o potencial de ser um dos principais produtores globais de energia solar, e queremos ser os líderes desse mercado”, afirma Setas.
Com a queda de 50% no preço dos painéis solares nos últimos três anos, a EDP decidiu que era o momento de investir no mercado de geração de energia solar distribuída — a energia elétrica que é gerada próxima ou no local de consumo. Para isso, destinou algumas dezenas de milhões de reais para implantar oito fazendas solares, que fornecem energia solar para diversas empresas comerciais nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Até o fim deste ano, a meta da EDP é que os contratos de energia solar somem 5 MWp (megawatts-pico, a medida de potência energética gerada por células fotovoltaicas). Essa quantidade de energia vai evitar que 300 toneladas de dióxido de carbono sejam lançadas na atmosfera.
Ainda neste ano, a EDP pretende estrear no mercado de energia solar para o consumidor final. Os planos esbarram no preço dos painéis ainda altos para o cliente residencial, além do fato de que muitos brasileiros trocam de endereço com frequência. Segundo Setas, a população ainda não enxerga valor em investir num sistema solar para casa, pois ele não é transportável para outro imóvel. Essas barreiras, contudo, tendem a ser superadas com o tempo. Um estudo estima que, até 2040, a capacidade instalada de energia solar no país passará dos atuais 92 MWp para 310 000 MWp. Por isso, nos próximos anos, o investimento da EDP em energia solar deverá representar 10% do total realizado pela companhia. Atualmente, a EDP investe em torno de 1 bilhão de reais por ano no Brasil. “Focar a energia solar é uma inovação transformadora, totalmente sustentável para a empresa e para a população”, afirma Setas.
A APOSTA EM UM FUTURO MAIS INTELIGENTE
A concessionária AES investe em redes elétricas inteligentes. Um dos objetivos é reduzir os custos operacionais e as perdas com fraudes — a economia neste ano deve chegar a 200 milhões de reais | André Jankavski
A cidade de Barueri, na região metropolitana de São Paulo, tem 270.000 habitantes e é dona do 16o maior PIB do país. É nessa cidade que a concessionária AES Brasil tem feito uma de suas principais apostas para o futuro: as redes inteligentes, ou smart grids. A AES está investindo 75 milhões de reais na implantação de redes elétricas inteligentes em Barueri, onde testa novas tecnologias nessa área. Com o projeto, iniciado em 2013 e que deve ser concluído em 2019, a empresa quer mudar totalmente a forma como distribui energia elétrica. Por meio de sua controlada AES Eletropaulo, a companhia está digitalizando todo o processo, com a instalação de medidores inteligentes nos imóveis de clientes residenciais e corporativos. O novo sistema, segundo Julian Nebreda, presidente da AES Brasil, permite reduzir os custos operacionais e identificar rapidamente as fraudes na rede de distribuição. Com isso, somente neste ano, a concessionária espera uma economia de 200 milhões de reais em Barueri.
Além do ganho financeiro, a AES quer uma revolução na maneira como se relaciona com os clientes. Eles terão acesso ao consumo de energia em tempo real, e não somente quando recebem a conta no fim do mês. Os clientes não precisarão mais ligar para a AES para comunicar uma interrupção no fornecimento de energia. A concessionária automaticamente identificará o problema e, dependendo do caso, poderá corrigir a falha remotamente. Isso evitará deslocamentos desnecessários da frota da empresa, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa com o transporte. Mas o grande diferencial é a conexão que esse novo sistema terá com outras fontes de energia limpa, como a eólica e a solar. O cliente poderá produzir a própria energia em casa, por exemplo, instalando placas fotovoltaicas. Se houver excedente de energia, poderá vendê-la para a distribuidora.
Geração distribuída, armazenamento de energia e eficiência energética são algumas áreas em que a AES vem realizando testes em Barueri. Para alcançar bons resultados, a empresa enxerga na internet das coisas — a tecnologia-base das redes inteligentes — o melhor caminho. A tendência é que um número crescente de dispositivos, de eletrodomésticos a postes de luz, se conecte à internet. Isso permitirá que a AES agregue outros serviços à rede, como semáforos inteligentes e iluminação pública. Com tudo isso, até 2019 a companhia espera que Barueri se torne conhecida como uma das cidades mais inteligentes do país. “O município é um laboratório vivo para nós”, diz Nebreda. “As tecnologias testadas em campo e que deem bons resultados serão expandidas para outras regiões.”
MAIS ÁRVORES COM MENOS RISCO DE QUEDA DE ENERGIA
A concessionária CPFL criou um projeto para substituir árvores que causam interrupções no fornecimento de energia. A cada árvore cortada, são plantadas dez mudas de espécies mais apropriadas | André Jankavski
Com a crise que se abateu sobre o setor elétrico nos últimos cinco anos, a palavra de ordem dentro da CPFL — concessionária que atua no interior de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, distribuindo energia para 9,1 milhões de consumidores — passou a ser “eficiência”. A empresa começou a analisar com lupa seus principais problemas internos e externos. Um deles são as interrupções no fornecimento de energia, que causam transtornos aos clientes. Ao levantar os principais motivos que provocam as interrupções, a empresa confirmou uma suspeita: as quedas de árvores na fiação representavam um imenso problema. Em alguns municípios, esse fator chegava a ser responsável por metade dos problemas de interrupções na rede elétrica.
Desde 2008, a CPFL já distribuía um guia com as melhores práticas de arborização para os municípios, dando dicas sobre as melhores espécies a ser plantadas próximas dos fios de eletricidade, por exemplo. Mas, com o passar do tempo, a iniciativa mostrou-se insuficiente. A CPFL passou, então, a atuar com o poder público de cada cidade e criou um programa chamado Arborização Mais Segura. “Mapeamos as árvores que representavam risco e começamos a ajudar as prefeituras a substituí-las”, diz Rodolfo Sirol, diretor de sustentabilidade da CPFL. Depois de selecionar as árvores para substituição e receber as respectivas autorizações ambientais, a empresa iniciou o plano de troca e plantio de mudas de espécies apropriadas ao contexto urbano.
Para compensar o impacto das retiradas, a CPFL decidiu ir além da mera troca. A cada unidade substituída, pelo menos dez mudas seriam doadas às prefeituras. O resultado: 800 árvores foram cortadas, mas outras 10.000 foram plantadas em 14 municípios onde o projeto está em andamento. Além da doação, a CPFL auxilia no transporte das mudas e até em seu plantio, sempre em parceria com a prefeitura local.
O resultado da ação, até o momento, foi a redução de cerca de 80% na queda de árvores nessas cidades. “Acreditamos que podemos diminuir ainda mais esse número, zerando as quedas de árvores”, diz Sirol. Até o fim do ano, a meta da CPFL é que outras dez cidades recebam doações de mudas de espécies como angelim-rosa, flamboyant-mirim e ipês amarelo, branco e roxo. Para complementar o projeto e fazer com que ele alcance resultados no longo prazo, a concessionária aposta também em educação ambiental. Por isso, em paralelo com o projeto Arborização Mais Segura, mais de 3.000 crianças recebem nas escolas cartilhas com informações sobre como cuidar melhor do meio ambiente.
UM TIME PARA PROMOVER A CULTURA DE SUSTENTABILIDADE
Ao criar um grupo de funcionários responsáveis por diminuir o impacto ambiental de suas obras, a distribuidora Elektro se aproximou mais das comunidades das regiões em que atua | André Jankavski
A Elektro, distribuidora de energia em São Paulo e Mato Grosso do Sul, viu-se diante de um desafio na cidade de Iguape, no litoral paulista. Em 2013, quando a concessionária assumiu a gestão da rede elétrica daquela região, a estrutura de distribuição do centro histórico da cidade estava toda comprometida em consequência da deterioração causada pelo tempo e pela maresia. Uma simples troca de fios e postes, contudo, não seria possível porque boa parte da área é tombada como patrimônio histórico, o que impede até mesmo o corte de determinadas árvores.
Diante desse impasse, a Elektro decidiu criar um comitê de sustentabilidade para analisar o que poderia ser feito na região. A tarefa do comitê, formado por sete pessoas, é buscar a melhor forma de realizar as intervenções da empresa. A ideia é sempre levar em conta o menor impacto no meio ambiente, na população e, claro, nos consumidores. “O papel do comitê é encontrar as melhores soluções, mesmo que o resultado financeiro seja um pouco prejudicado”, afirma Giancarlo Souza, presidente da Elektro. Dependendo do tamanho da reforma ou da instalação, o comitê pode receber auxílio de outros funcionários espalhados pelo país. A iniciativa, batizada de Times +, conta com a participação de 110 funcionários distribuídos pelos 228 municípios em que a empresa atua — todos eles têm a obrigação de ajudar a promover a cultura de sustentabilidade na companhia.
No caso de Iguape, a saída encontrada foi a instalação de uma rede subterrânea de energia. A intervenção seria mais cara do que uma rede convencional, já que demandaria muito mais funcionários e tempo para a execução das obras. Mesmo assim, a Elektro decidiu ir em frente. A companhia levou 120 dias e investiu 4 milhões de reais para terminar a reforma da rede elétrica — e conseguiu realizar a obra sem derrubar uma única árvore. “Uma das preocupações foi deixar a cidade, que depende do turismo, com uma aparência muito melhor do que antes”, afirma Souza.
O retorno do investimento não demorou a aparecer. O número de quedas de energia na região diminuiu 90%. No longo prazo, a Elektro espera reduzir a quantidade de intervenções de manutenção na rede: como todos os fios estão debaixo da terra, as incidências de furtos e a deterioração com as intempéries tendem a diminuir bastante. Outro ganho para a Elektro foi que cidades turísticas como Ilhabela e Guarujá, também no litoral paulista, procuraram a empresa em busca de soluções similares às adotadas em Iguape. “Tudo isso mostra que um olhar sustentável pode trazer benefícios para todos os envolvidos, inclusive para a própria empresa”, diz Souza.
UMA PARCERIA PARA INCENTIVAR AÇÕES SOLIDÁRIAS
A italiana Enel estimula os consumidores a manter as contas em dia, promove o descarte correto de eletrodomésticos antigos e reduz os furtos de energia | Juliana Arroyo
Que tal comprar um eletrodoméstico com até 50% de desconto, entregar seu aparelho antigo para que ele seja descartado corretamente e também ajudar um projeto social? Isso é possível com uma iniciativa da distribuidora italiana Enel, que atua nos estados de Rio de Janeiro, Goiás e Ceará. Batizado de Luz Solidária, o projeto beneficiou quase 14 000 pessoas no ano passado. Ao comprar um aparelho — geladeira, freezer ou ar-condicionado — nas lojas credenciadas, o cliente deve fazer uma doação a um projeto social de sua escolha.
Com essa doação, cujo valor varia conforme o preço do produto comprado, o cliente ganha um desconto de até 50% no aparelho novo. A Enel garante uma contrapartida ao lojista, que entrega o produto na casa do consumidor e retira o aparelho antigo. “O cliente que está com as contas em dia tem direito a participar desse programa. Além do desconto na compra de um aparelho novo e mais eficiente, ele ajuda no descarte correto do eletrodoméstico velho”, diz Carlo Zorzoli, presidente da Enel.
Desde sua criação em 2009, o Luz Solidária possibilitou a destinação de mais de 4 milhões de reais para a execução de projetos sociais de geração de renda e para a troca de mais de 46 000 eletrodomésticos, com a concessão de 22 milhões de reais em desconto aos clientes. O Luz Solidária faz parte de um projeto maior de sustentabilidade, chamado Enel Compartilha, que conta com 11 linhas de ação. São atividades em sua maioria voltadas para as comunidades locais, como o Conexão Solidária, em que 8 000 clientes do município de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, ganharam acesso à rede Wi-Fi.
Desde o fim de 2016, a Enel — que tem mais de 10 milhões de clientes em sua área de distribuição — vem reestruturando sua marca no país. Trouxe o italiano Carlo Zorzoli para ser o presidente para a América Latina da Enel Green Power. A distribuidora Ampla, do Rio, passou a chamar-se Enel Distribuição Rio, enquanto a Coelce, no Ceará, tornou-se Enel Distribuição Ceará. A ideia é alinhar as distribuidoras no Brasil ao posicionamento da controladora italiana, apostando em energias renováveis. “Nosso negócio é de longo prazo. Por isso, precisa de sustentabilidade e de interação com a comunidade para reduzir a inadimplência e o furto de energia”, diz Zorzoli.
No Rio de Janeiro, mais de 20% da energia é perdida por causa dos furtos. No Ceará, esse índice passou de 13% no primeiro semestre deste ano. Ainda assim, a situação tem melhorado. “De um ano e meio para cá, houve uma redução de 2% nos furtos de energia, o que é uma vitória diante dos problemas de falta de segurança em nossas áreas de distribuição.”
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QUANDO A CULTURA FAZ A DIFERENÇA
A geradora Engie, ex-Tractebel, reformula a marca e investe em centros de convivência em pequenos municípios para valorizar as tradições locais e promover a inclusão social | Juliana Arroyo
O ano de 2016 foi movimentado para a Engie, maior geradora privada de energia do Brasil, com 32 usinas em operação em 15 estados e capacidade para produzir 6% da energia consumida no país. Ex-Tractebel, a companhia mudou seu nome em julho do ano passado para alinhar-se com sua controladora francesa, inaugurou a hidrelétrica de Jirau, quarta maior do país, e colocou Eduardo Sattamini, até então seu diretor financeiro, na presidência da companhia. “A mudança da marca explicita o compromisso assumido pela nossa visão, que é transformar a relação das pessoas com a energia, para um mundo sustentável”, diz Sattamini.
Os centros de cultura e sustentabilidade que a empresa vem construindo em suas regiões de atuação são um exemplo dessa visão. O primeiro centro foi inaugurado em 2011 na cidade gaúcha de Entre Rios do Sul, onde fica a sede da usina hidrelétrica Passo Fundo. Com 3 000 habitantes, Entre Rios do Sul era carente em atividades culturais — não havia cinema, teatro ou museu num raio de 80 quilômetros. Num espaço de 1 075 metros quadrados, o centro cultural, construído integralmente com incentivos da Lei Rouanet, tem um auditório de 150 lugares, oficinas, salas para exposições e reuniões comunitárias, museu, biblioteca e sala de inclusão digital.
Depois de Entre Rios do Sul, outras quatro cidades — Alto Bela Vista, Concórdia e Capivari Baixo, em Santa Catarina, e Quedas do Iguaçu, no Paraná — também ganharam centros culturais. Até o momento, foram investidos nesses locais 24 milhões de reais pela Lei Rouanet e 6 milhões de reais com recursos não incentivados. Entre os principais objetivos dos centros estão a valorização de costumes e tradições locais e a inclusão social. “Esses espaços são um aliado importante para a transformação social das comunidades onde atuamos, concentrando num único empreendimento os mais diversos espaços de convívio comunitário”, diz Sattamini.
Os cinco centros de cultura em funcionamento já receberam um público de mais de 300 000 pessoas e, em média, há 300 jovens matriculados nas oficinas. Esses números devem crescer em breve. Em março de 2018 deverá ser inaugurado mais um centro cultural, em Goiás. E outras três unidades estão previstas para 2019, no Paraná, no Ceará e em Santa Catarina. A Engie participa com 20% das despesas das atividades de cada centro cultural, o que significa um aporte de quase 1 milhão de reais por ano em cada entidade. Quanto ao restante da verba, a associação gestora do centro deve buscar no mercado e gerar receitas próprias, com locação de espaço para eventos e realização de oficinas e shows.
APOSTA NA CONSCIENTIZAÇÃO DO CONSUMIDOR DO FUTURO
A concessionária Light investe na capacitação de professores e alunos para tentar reduzir os 2 bilhões de reais que perde por ano com os furtos de energia elétrica | Juliana Arroyo
Há 112 anos atuando no Rio de Janeiro, a Light, que leva energia elétrica a 10 milhões de consumidores em 31 municípios, sente-se integrada às comunidades de sua área de concessão. Essa proximidade com os clientes é fundamental para diminuir os prejuízos com o furto de energia, um problemão e tanto — o desvio atinge 23% da energia distribuída, o que representa uma perda de 2 bilhões de reais por ano. “É o equivalente ao consumo de um estado como o Espírito Santo”, diz Luis Felipe Younes do Amaral, gerente do Instituto Light, que cuida dos programas nas áreas de educação, cultura e esporte.
Para tentar reduzir as perdas no longo prazo, a saída é investir nos futuros consumidores, sobretudo nas áreas de maior incidência dos chamados “gatos”. Com esse objetivo, o projeto Light nas Escolas, iniciado em 2010, capacita professores, outros funcionários das escolas e pais dos alunos para conscientizar os jovens sobre temas relacionados à eficiência energética e ao consumo consciente. No ano passado, 384 professores de 118 escolas públicas e particulares participaram do programa, envolvendo um universo de 35.000 pessoas.
Em 2015, uma avaliação do programa indicou que 77% dos alunos haviam adotado hábitos simples para economizar energia, como apagar a luz ao sair de um ambiente. A redução no consumo apurada entre os participantes do programa foi da ordem de 17,5%. “Temos de focar o cliente de amanhã, que é jovem e vai aprender que a luz e a energia que recebe têm um custo para chegar à sua casa, e por isso ele precisa usar de forma consciente”, diz Amaral. Desde seu lançamento, o Light nas Escolas recebeu investimentos de 3 milhões de reais e capacitou 1.111 professores de 845 instituições de ensino. O projeto integra o Programa de Eficiência Energética da Aneel, órgão regulador do setor.
Após a capacitação em sala de aula, os alunos podem conhecer outro programa de conscientização da companhia, o Museu Light de Energia. Cerca de 90.000 pessoas já visitaram o museu, aberto em 2012 na região central do Rio de Janeiro. Quase 5 milhões de reais já foram investidos no espaço, onde é possível, de forma lúdica, vivenciar as mesmas questões abordadas no Light nas Escolas, como observar o caminho da energia elétrica nas redes de distribuição. Ambos os programas são administrados pelo Instituto Light. “A falta de consciência pode levar uma pessoa a furtar energia, usá-la de forma descontrolada ou, até mesmo, realizar um serviço perto da rede elétrica e se acidentar, arriscando a própria vida”, diz Amaral. “Um dos caminhos que encontramos para trabalhar essas questões é por meio da educação e cultura.”