Área de sinistros da Zurich: com a automação, os funcionários ganharam capacitação para assumir novas funções na empresa (Alexandre Battibugli/Exame)
A robotização deixou de ser coisa do futuro para a seguradora Zurich em 2017. Ao identificar uma série de atividades operacionais repetitivas, a empresa decidiu automatizar, por meio de softwares, a área de sinistros. “Quando havia roubo de um celular, por exemplo, o analista tinha de comparar dados de boletim de ocorrência com os da apólice”, diz Marcelo Alvalá, diretor executivo de operações e tecnologia da Zurich. “Já existiam tecnologias para reconhecimento de caracteres e algoritmos que pudessem cumprir esse tipo de função.”
Dessa forma, a direção da companhia optou pela robotização, mas deparou com um dilema: a introdução da tecnologia causaria a extinção de 30 vagas, equivalente a cerca de 10% do total de funcionários de uma das principais áreas da Zurich. O movimento entraria em choque com uma das filosofias da empresa — a retenção de talentos. A solução foi focar as pessoas.
A companhia montou um programa para analisar quais funcionários perderiam o cargo, que novas posições poderiam assumir e o que precisariam aprender para tal. Ao longo de dois anos, a Zurich conseguiu treinar e realocar todos os profissionais, sem demitir nenhum deles. Veja o passo a passo a seguir.