(Arte/Exame)
Lucas Amorim
Publicado em 13 de setembro de 2022 às 06h00.
Última atualização em 15 de setembro de 2022 às 12h06.
A menos de um mês do primeiro turno das eleições presidenciais, debates sobre o papel do Estado e do setor privado no crescimento econômico e social do país invadiram a rotina. Num ambiente político polarizado, a profundidade, infelizmente, não é a tônica nas discussões.
Sob qualquer prisma que se analise a realidade, uma conclusão salta aos olhos. As empresas brasileiras são um dínamo e, com incentivos corretos, regulação justa e uma carga tributária mais moderna, poderão ser ainda mais relevantes.
Há 48 anos a EXAME criou o anuário MELHORES E MAIORES para reconhecer as companhias com melhor desempenho em sua área de atuação. Nesta edição, pelo segundo ano consecutivo, o levantamento das maiores empresas do Brasil foi feito em parceria com o Ibmec, uma das mais respeitadas escolas de negócios do país. Juntas, EXAME e Ibmec desenvolveram uma metodologia que analisa não só o resultado financeiro das companhias como também seu crescimento e a adoção de práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança). Os detalhes da metodologia e informações complementares podem ser encontrados na versão online da premiação: mm.exame.com.
As 738 empresas listadas no ranking principal de MELHORES E MAIORES faturaram 4,8 trilhões de reais em 2021, 35% mais do que em 2020, ano marcado pelo momento mais crítico da pandemia. Alguns setores se destacaram por seu crescimento líquido: Petróleo e Químico, por exemplo, avançou 50,56%; Mineração e Metalurgia, 41,22%; Agronegócio, 29,29%.
São números que mostram a força das empresas em setores em que o Brasil tem vantagens competitivas, e que devem seguir relevantes num cenário de crise nas cadeias e de rearranjos produtivos.
A Empresa do Ano, a Cosan, é um exemplo de como a inovação e a ambição empresarial podem transformar o setor de commodities. A holding de energia nasceu focada em cana-de-açúcar, mas nas últimas décadas diversificou para negócios como gás natural, logística, varejo. A receita do grupo liderado por Rubens Ometto cresceu 60% em 2021, para 113 bilhões de reais.
O ritmo deve seguir intenso nos próximos anos, com investimento em startups e novos negócios que incluem até educação. A Cosan vê a importância de investir em pessoas para o Brasil avançar. Leitura parecida tem Celso Athayde, o Empreendedor Social do Ano, que comanda uma revolução econômica a partir das periferias. “Favela não é carência, é potência”, diz. Educação, inovação e ambição são um tripé essencial para o sucesso nos negócios, e são celebradas nesta 49a edição de MELHORES E MAIORES. Boa leitura!