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Grupo Laureate projeta faturamento de US$ 1 bilhão em 2006

Novo controlador da Universidade Anhembi Morumbi, grupo americano quer dobrar sua receita até o final da década

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 08h41.

As projeções do grupo americano Laureate Education dão uma mostra do tamanho de suas ambições. Novo proprietário da Universidade Anhembi Morumbi, o grupo pretende atingir, neste ano, um faturamento global de 1 bilhão de dólares.

Para alcançar esse patamar, o Laureate precisará crescer mais de 20% sobre o resultado esperado para 2005. A tarefa, no entanto, parece bastante factível, quando se constata que a empresa cresceu acima desse percentual nos últimos anos.

Em 2002, seu faturamento total foi de 336 milhões de dólares. No ano seguinte, registrou um incremento de 41% e chegou a 472,806 milhões. O Laureate experimentou uma pequena desaceleração em 2004, quando os 648 milhões totalizados representaram um incremento de 37%.

O ritmo manteve-se no mesmo nível nos nove primeiros meses de 2005. A empresa acumulou um faturamento de 597,606 milhões de dólares, ou 37% mais que os 436,517 milhões de igual período do ano retrasado. Se anualizado, o resultado até setembro aponta para um faturamento ao redor de 797 milhões de dólares em 2005.

O desempenho do ano passado só será divulgado em fevereiro, mas, qualquer que seja, será um ponto de partida bastante razoável para fechar 2006 com 1 bilhão de dólares em receitas, pois isso exigiria uma taxa de expansão igual ou até menor que a verificada nos últimos anos.

O ritmo acelerado de crescimento faz com que o Laureate já planeje vôos mais altos. Em comunicado aos investidores, por ocasião da divulgação dos resultados de 2004, o presidente do conselho de administração, Douglas Becker, afirmou que o grupo pretende alcançar um faturamento de 2 bilhões de dólares até 2010.

Peso latino

A compra da Anhembi Morumbi demonstra o peso que o mercado latino-americano possui nos negócios do Laureate. Presente em 15 países e com 215 000 estudantes, a participação da América Latina sobre o faturamento vem crescendo a cada ano. Na outra ponta, as universidades controladas pelo grupo na Europa estão perdendo peso nas receitas.

Em 2004, a América Latina respondeu por 55,63% do faturamento total, contra 50,41% em 2002. No mesmo período, a receita gerada pela região passou de 169,411 milhões de dólares para 360,485 milhões um salto de 113%. Na mesma comparação, os negócios na Europa evoluíram 66%, de 91,854 milhões para 152,400 milhões de dólares.

Com isso, sua participação no faturamento global baixou de 27,34% para 23,52%. Os campi europeus tiveram desempenho pior, inclusive, que os cursos de educação à distância do Laureate, baseados em ferramentas de internet. Esses serviços geraram 135,134 milhões de dólares à empresa em 2004, 81,77% mais que em 2002. Seu peso nos negócios, porém, caiu de 22,12% para 20,85%.

Ao longo de 2005, a América Latina apenas elevou sua fatia nas receitas. No acumulado até setembro, a região respondeu por 56,7% do faturamento global. A Europa caiu um pouco mais e ficou com 21,40%, e os serviços online recuperaram parte do terreno, com 21,89% de participação.

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