Harry Schmelzer Jr., CEO da WEG: aumento da receita no Brasil. (Leandro Fonseca/Exame)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 20 de outubro de 2021 às 22h00.
Última atualização em 26 de outubro de 2021 às 09h49.
Com a conta de luz nas alturas e o risco de apagões rondando a economia brasileira, investir em eficiência energética tornou-se cada vez mais fundamental para o país. E a catarinense WEG tem experiência nisso. Fundada em 1961, o gigante, que fabrica baterias, sistemas e componentes elétricos, teve um aumento de 31% na receita em relação a 2019, alcançando o valor de quase 17,5 bilhões de reais. Mesmo com filiais em 36 países, o que impulsionou o crescimento da empresa foi o mercado interno. E a pandemia teve forte influência sobre isso. “O mercado brasileiro surpreendeu, principalmente o de eletrodomésticos. Como as pessoas ficaram mais em suas casas, muita gente optou por trocar eletrodomésticos ou adquirir novos aparelhos”, diz Harry Schmelzer Jr., CEO da companhia.
Em 2020, a receita local aumentou 37% em relação ao ano anterior. Já no front externo, a ajuda veio do câmbio: a desvalorização da moeda nacional impulsionou os ganhos em reais. Tudo isso fez com que o lucro líquido da WEG crescesse 45%. Para superar a crise gerada pela pandemia, a empresa manteve o investimento na casa de 1 bilhão de reais. Quase metade foi direcionada para pesquisa e desenvolvimento. Foram os talentos dessa área que ajudaram em poucas semanas, no meio da pandemia, na conversão de uma fábrica de eletrônicos em uma unidade de ventiladores pulmonares. Mais de 1.000 equipamentos foram distribuídos a hospitais brasileiros. Para 2021, a expectativa é manter o ritmo de expansão. No planejamento estratégico para o período de 2022 a 2025, o objetivo é foco no crescimento contínuo e sustentável.