Danielle Torres, da KPMG: mudança no cargo de diretor para diretora aconteceu em 2017 (Leandro Fonseca/Exame)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2022 às 06h00.
Última atualização em 30 de junho de 2022 às 14h52.
Não é preciso recorrer a pesquisas para constatar a falta de diversidade nas empresas. Basta cada um olhar para dentro de seu escritório. Muitas vezes até existe equidade numérica. À medida que o organograma vai se afunilando, no entanto, a falta de pluralidade fica mais evidente. O poder, infelizmente, ainda é branco, masculino, cisgênero.
O momento atual pede especial atenção ao tema. Em um mundo digital e remoto, as empresas precisam ter em mente que, se regimes flexíveis não forem implementados com cuidado, podem colocar em risco o progresso duramente conquistado na luta por equidade salarial, entre outros desafios, diz Karina Lima, vice-presidente regional da Salesforce, em artigo para esta edição da EXAME CEO, que tem como tema a liderança diversa.
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Se ainda falta diversidade no comando das companhias e o trabalho à distância impõe desafios, vale destacar iniciativas como o trabalho da consultoria Singuê, que desenvolve programas de equidade e inclusão com iFood, Nubank e Natura, entre outras empresas.
Assim como precisamos aplaudir a trajetória de líderes como Danielle Torres, sócia da KPMG, que fez transição de gênero; Bruno Crepaldi, superintendente jurídico e um dos protagonistas do projeto de diversidade e inclusão do Itaú Unibanco focado na parcela LGBTI+; Michele Robert, de 44 anos, a primeira mulher a exercer o cargo de CEO da Gerdau Summit; Raphael Denadai, presidente da Sky Brasil, deficiente visual; Maurício Rodrigues, presidente da Bayer Crop Science na América Latina, um dos poucos negros no comando de uma empresa brasileira; e Benedito Braga, de 74 anos, diretor-presidente da Sabesp.
Bons exemplos como esses precisam ganhar visibilidade e ser celebrados. O caminho para termos lideranças mais diversas no cenário corporativo brasileiro é íngreme, cheio de obstáculos. Mas já sabemos que direção seguir.
1. Leandro Fonseca
Nosso fotógrafo, ingressou na Editora Abril em 1988 como trainee de foto-reprodução. Passou por algumas áreas trabalhando para todas as revistas da editora, inclusive a EXAME, onde passou de tratador de imagens para editor de fotografia. “Com 34 anos de empresa, sempre busquei por oportunidades na carreira. Utilizo meu conhecimento adquirido ao longo do tempo para encarar da melhor forma os diferentes desafios.”
2. Ricardo Sales
É CEO da consultoria Mais Diversidade. Formado em comunicação pela ECA/USP, é mestre e pesquisador pela mesma instituição, além de professor na Fundação Dom Cabral. Vive entre São Paulo, sua cidade de nascimento, e Salvador, seu lugar do coração. Nesta edição, contribuiu como revisor e consultor lançando, sobre cada matéria, seu olhar para a diversidade.
3. Lilian Rambaldi
Já passou por grandes editoras e jornais em 20 anos de profissão. Há oito anos, de editora de revista passou a ser head de branded content, dedicando-se às boas histórias que as empresas têm para contar. Nesta edição, a jornalista mineira assina a matéria Aprendendo é que se faz (pág. 70), sobre como as empresas estão se capacitando para entender e implementar efetivamente a diversidade em sua cultura.
4. Gabriel Justo
Jornalista multimídia na Virtù, tem passagens pelo Estadão, pela Folha e pela EXAME. Gosta de explicar assuntos complexos e acredita no jornalismo como uma ferramenta de transformação social. Nesta edição, produziu a matéria Senhores aliados (pág. 78), que mostra como líderes homens podem e devem contribuir com a construção de um ambiente de trabalho mais diverso.
5. Delmo Moreira
Jornalista e escritor, trabalhou por 40 anos em redações em Porto Alegre e São Paulo e é autor de Catorze Camelos para o Ceará — A História da Primeira Expedição Científica Brasileira (2021, Editora Todavia). Na matéria Sempre ativos (pág. 74), Moreira conversou com o economista e professor especializado em gerontologia Jorge Félix. “Ele descreve nossa realidade: cada vez se vive mais, mas nessa realidade não há emprego nem aposentadoria para todo mundo.”
6. Gabriella Sandoval
Como jornalista de alguns dos principais veículos de imprensa do país, foi ponte para histórias de superação, de luto e de luta — como muitos dos relatos que trazemos nesta edição. Editora de branded content da EXAME, é companheira da Tati e mãe da Julia, que em sua festa de 10 anos convocou assim os amigos para dançar: “Meninos com meninos, meninas com meninas, menino com menina. Aqui não tem preconceito”. Vernā Myer tem razão: diversidade é convidar para a festa; inclusão é chamar para dançar.
7. Maurício Oliveira
Formado em jornalismo, iniciou a carreira em 1986 na Rádio Capital de São Paulo, checando noticiário policial. A partir de 1988, já como revisor de textos, trabalhou no Estadão e no Jornal da Tarde. Atuou também nas revistas IstoÉ (Editora Três); Construção São Paulo, Arquitetura e Urbanismo e Téchne (Editora Pini); e P&S-Produtos & Serviços (Editora Banas). Ingressou na EXAME há 15 anos.
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