Sócios da Cresci e Perdi e fundadores do Enjoei: “Vamos dominar uma parcela maior do mercado” (Cresci e Perdi/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 06h00.
Mais do que fundadores do brechó infantil Cresci e Perdi, os primos paulistas Elaine e Saulo Alves são donos de duas unidades da franquia. A dupla usa a própria experiência na gestão das lojas para criar conteúdos e transmitir as estratégias para a rede de franqueados. Até aqui, um caminho que tem dado certo. Com mais de 430 lojas, a empresa registrou uma receita de 729 milhões de reais em 2023 com a venda de roupas, itens de enxoval, carrinhos e acessórios negociados a preços até 70% mais baratos do que em lojas convencionais. “Temos um perfil no Instagram fechado com os franqueados no qual mostramos como estamos operando nossas lojas na prática”, afirma Saulo Alves, fundador e COO da Cresci e Perdi.
A interação virtual diária com os franqueados garantiu a expansão sustentável da rede nos últimos anos, mesmo na pandemia, quando as unidades não podiam abrir, mas seguiram funcionando com catálogo digital. “Criamos uma relação de confiança com os franqueados e somos exemplo da postura que queremos ver na rede”, diz Alves. No começo de dezembro, por exemplo, os dois estimularam uma campanha mais agressiva aos franqueados como uma forma de “prevenção”. Janeiro, conhecido como o mês das contas e tributos, é tradicionalmente mais fraco em vendas. “A mesma coisa com a coleção de inverno. Em janeiro, já mostramos como estamos organizando e revisando o estoque”, afirma.
A empresa espera escalar o crescimento em 2024 também pela sinergia com o novo sócio, o Enjoei, plataforma de brechó online que adquiriu uma fatia de 25% do negócio no final de 2023. “Nada muda no dia a dia das lojas. Com o Enjoei, vamos dominar uma parcela maior do mercado, além de trocar experiências. Vamos ter acesso a mais ferramentas de tecnologia e dividir a nossa expertise com a gestão de lojas físicas.” No ano, a ambição é superar 900 milhões de reais em receita.