(RoadLight/Pixabay/Divulgação)
Marcelo Sakate
Publicado em 16 de dezembro de 2021 às 06h00.
Última atualização em 16 de dezembro de 2021 às 11h19.
Em 2022, a indústria de ativos financeiros ligados aos princípios ESG deverá ganhar tração e atingir marcas históricas. A emissão de green bonds, títulos cujos recursos captados são destinados a atividades que mitigam o impacto ambiental, por exemplo, alcançará a marca inédita de 1 trilhão de dólares no mundo, segundo projeção da Climate Bonds Initiative.
O salto de mais de 200% em relação a 2020 contará com o impulso da formulação de métricas que permitam a padronização dos impactos em diferentes indústrias. Como mensurar e, mais importante, comparar as práticas e a aderência aos princípios ambientais, sociais e de governança de empresas que atuam em atividades distintas, como o varejo e o agronegócio?
No ano de 2022 os stakeholders da comunidade ESG e da indústria de investimentos vão avançar nessa frente regulatória. Especialistas dizem que esse será um passo fundamental para que um número maior de grandes investidores institucionais, de fundos de pensão a family offices, possam incorporar investimentos que atendam às exigências de governança. É algo que vai também beneficiar investidores pessoa física, que terão parâmetros para adotar esses ativos. Um passo importante foi dado na COP26 em Glasgow, na Escócia, em novembro: a Fundação IFRS criou um conselho para estabelecer um padrão global de medição dos impactos ambientais causados pelas empresas. Uma nova indústria toma forma.